Quem faz quimioterapia pode ter acompanhante?
Ter um tratamento digno, com acesso a exames, acompanhamento médico e medicamentos é um direito que todo paciente com câncer deveria ter acesso. No entanto, devido à falta de informações ou aos desafios existentes no sistema de saúde público, muitos pacientes oncológicos ficam sem acesso a esses direitos.
- Pensando nessas pessoas, o Governo Federal promulgou a Lei 14.238/21, que institui o Estatuto da Pessoa com Câncer.
- Essa legislação tem o objetivo de promover condições de igualdade no acesso ao tratamento da doença.
- Com a lei, o atendimento integral ao paciente oncológico passa a ser obrigatório pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Desse modo, a pessoa com câncer tem o direito a um tratamento e atendimento multidisciplinar, incluindo assistência médica, psicológica, paliativa e uso fármacos. Além disso, existem outras garantias instituídas pelo Estatuto. Para entender mais detalhes, siga a leitura.
Os direitos fundamentais da pessoa com câncer Segundo a lei, o paciente com câncer tem direito a: 1. Acesso a exames para diagnóstico precoce O diagnóstico precoce permite a detecção da doença em estágios iniciais, o que aumenta as chances de cura. Para que o diagnóstico precoce aconteça, é preciso que as pessoas realizem exames e, caso apresentem sintomas suspeitos, procure o quanto antes o atendimento no sistema de saúde.2.
Acesso a tratamento universal Além de universal, o tratamento deve ser equânime, adequado e menos nocivo, segundo o próprio Estatuto. Em outras palavras, isso significa que o paciente deve ter acesso ao tratamento da doença de forma imparcial, sem qualquer limitação ou impedimento.
- Independentemente da situação econômica, geográfica ou social, o tratamento deve ser garantido da melhor maneira, sendo o menos nocivo possível.3.
- Acesso a informações transparentes e objetivas Seja em relação à doença, seus sintomas ou tratamentos, o paciente com câncer tem o direito de receber informações claras e corretas.
Isso significa que, em caso de dúvida, ele pode recorrer ao auxílio de profissionais de saúde ou então buscar dados seguros na internet, em portais confiáveis do Governo, como o INCA e o Ministério da Saúde.4. Prioridade no atendimento Salvo em casos de idosos, gestantes e pessoas com deficiência, as pessoas com câncer também têm direito ao atendimento preferencial.
Isso vale tanto para organizações públicas quanto para as privadas.5. Assistência social e jurídica O Estatuto da Pessoa com Câncer também garante a assistência social e jurídica, caso necessário. Desse modo, a assistência social vem para atender às necessidades básicas do paciente, enquanto a jurídica é realizada de forma gratuita quando a pessoa com câncer necessita.6.
Presença de acompanhante no atendimento Outro direito garantido é a possibilidade de ter acompanhante durante todos os atendimentos e o período de tratamento, mesmo que o paciente não seja idoso ou menor de idade.7. Atendimento e internação domiciliares no âmbito do SUS Além do atendimento nas clínicas, hospitais e nos postos de saúde, a pessoa com câncer também tem direito ao tratamento domiciliar.
- Desse modo, é possível receber os cuidados necessários para a doença dentro de casa, com a presença de profissionais especializados e equipamentos necessários, além dos medicamentos.8.
- Atendimento educacional em classe hospitalar ou em regime domiciliar Ainda no âmbito do atendimento domiciliar, a pessoa com câncer também tem a possibilidade de dar continuidade aos estudos no hospital ou em casa.
Tudo depende do interesse da pessoa, de sua família e também dos termos do sistema de ensino local. Além disso, o Estatuto garante ao paciente o acesso a diversas especialidades médicas, de acordo com as necessidades da pessoa. Esse atendimento inclui: assistência médica, psicológica, social, jurídica, paliativa, atendimentos especializados, fármacos e, sempre que possível, internação domiciliar.
- É importante ter em mente que, de acordo com a lei, o Estado deve desenvolver políticas públicas de saúde voltadas especificamente à pessoa com câncer.
- Essas políticas devem incluir, entre outras medidas: • Realização de ações e campanhas preventivas da doença; • Garantia ao acesso universal, igualitário e gratuito aos serviços de saúde; • Avaliação periódica do tratamento ofertado ao paciente com câncer na rede pública de saúde, visando reduzir as desigualdades existentes; • Criação de normas técnicas e padrões de conduta que devem ser seguidos no atendimento à pessoa com câncer; • Estímulo ao desenvolvimento científico e tecnológico, para promoção de avanços na prevenção, no diagnóstico e no combate à doença; • Promoção da capacitação dos profissionais que atuam na prevenção, diagnóstico e tratamento da pessoa com câncer; • Orientação aos familiares, cuidadores, entidades assistenciais e grupos de autoajuda de pessoas com câncer.
Não guarde essas informações apenas para você. Compartilhe este conteúdo para que mais pessoas tenham conhecimento sobre o Estatuto da Pessoa com Câncer. Fonte: Agência Câmara de Notícias
Quem faz quimioterapia pode ter contato com pessoas?
Pacientes de quimioterapia podem passar a ter preferência de atendimento Paola Lima | 25/04/2018, 17h06 Pacientes que se submetem a quimioterapia ou radioterapia como tratamento para o câncer poderão entrar no rol de pessoas com atendimento prioritário, a exemplo do que acontece com idosos, pessoas com deficiência e gestantes.
Projeto de Lei do Senado (PLS), com esse objetivo, do senador Romário (Pode-RJ), foi aprovado nesta quarta-feira (25) pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), O PLS foi aprovado em decisão terminativa na CDH. Se não houver recurso para apreciação em Plenário, ele segue para análise da Câmara dos Deputados.
O texto estende aos pacientes com câncer os mesmos direitos estabelecidos na, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica. O projeto também garante a esses pacientes o uso de assentos reservados nos serviços de transporte público ou coletivo.
Romário justificou o projeto com o argumento de que pessoas que se submetem a radioterapia e a quimioterapia enfrentam fortes efeitos colaterais, como mal-estar, náusea, vômito, diarreia e deficiência imunológica decorrentes da aplicação dessas terapias e, por isso, não têm condições físicas para enfrentar filas demoradas.
A proposta recebeu parecer favorável do relator Paulo Paim (PT-RS), sem emendas. Para o relator, nem mesmo o desenvolvimento de melhores drogas permitiu a diminuição dos efeitos colaterais decorrentes de seu uso, de tal maneira que o paciente portador de alguma neoplasia maligna quase sempre tem sua saúde fragilizada em razão do tratamento ao qual é submetido.
- Ainda assim, infelizmente, boa parte desses enfermos tem que realizar tarefas e cumprir obrigações do cotidiano, sendo algumas delas relacionadas à própria manutenção e custeio de seu tratamento.
- O conjunto de grande filas, burocracia e demora excessiva no atendimento é um fator que pode efetivamente prejudicar a sua saúde — ponderou o senador, lembrando que o câncer ainda é a segunda maior causa de mortes no país.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado) : Pacientes de quimioterapia podem passar a ter preferência de atendimento
Quem faz quimioterapia pode sair de casa?
Instituto do Câncer alerta para os cuidados com pacientes em tratamento oncológico | Governo do Estado de São Paulo Os pacientes em tratamento oncológico exigem cuidados redobrados com a saúde por conta dos efeitos do tratamento e da própria doença, que geram imunossupressão, isto é, a diminuição da imunidade.
- Segundo a oncologista e diretora de Corpo Clínico do (Icesp), Maria Del Pilar Estevez Diz, a preocupação é válida, já que pacientes com câncer são considerados do grupo de risco da COVID-19, enfermidade provocada pelo novo coronavírus.
- Dados mostram que pacientes com COVID-19 têm mais risco de complicação da doença, ou seja, evolução para insuficiência respiratória.
Por isso, é necessário redobrar a atenção”, afirma. “Por isso, os cuidados para reduzir as chances de contaminação devem ser rigorosos nesse momento e o mais importante: manter o tratamento do câncer para que a doença não progrida. É fundamental conversar com o seu médico sempre”, explica a médica.
De maneira geral, as recomendações são parecidas com a da população em geral, porém com maior rigor. São elas: isolamento social, bastante higiene, lavar muito bem as mãos com água e sabão, não dividir utensílios domésticos, evitar aglomerações, ter atenção redobrada para sintomas de gripe, febre, catarro e, principalmente, falta de ar.
“Se isso ocorrer, a orientação é procurar o serviço médico mais próximo porque o coronavírus não é o único vírus que está circulando, como o H1N1, por exemplo. Tomar a vacina da gripe também é fundamental para esses pacientes, independentemente da idade”, diz Maria Del Pilar.
- Histórico O oncologista e diretor geral do Icesp, Paulo Hoff, destaca que o histórico de câncer no passado não representa maior risco de COVID-19.
- Uma pessoa que teve câncer de mama, por exemplo, e agora segue em acompanhamento não tem uma supressão do sistema imunológico.
- Então, ela não está debilitada.
Com isso, não apresenta maior risco. É diferente de um paciente com leucemia, que necessita de tratamentos mais agressivos e já apresenta uma baixa imunidade por conta do seu tipo de câncer, esse sim deve redobrar os cuidados com a sua saúde”, ressalta Hoff.
Sou paciente oncológico. Corro mais risco de ter COVID-19? Por quê?
Sim. Pacientes em tratamento ativo (quimioterapia, radioterapia, cirurgia recente ou outros) apresentaram maior chance de complicações ao adquirir a doença, provavelmente porque a imunidade pode estar suprimida por conta dos tratamentos.
Minha imunidade é mais frágil? Como devo me cuidar?
Sim, a imunidade de um paciente em tratamento ativo é mais frágil. Por isso, os cuidados são isolamento social rigoroso, bastante higiene, lavar muito bem as mãos com água e sabão ou utilizar álcool gel, não dividir utensílios domésticos e evitar aglomerações.
Estou em tratamento. Como devo prosseguir?
De maneira geral, seguir as mesmas recomendações para a população e ter atenção redobrada para sintomas de gripe, febre, catarro, falta de ar e muito importante: manter o tratamento do câncer para que a doença não progrida.
Devo ter algum cuidado específico com a alimentação? Qual?
A recomendação é alimentar-se bem e em horários regulares. É importante se hidratar bastante também e priorizar alimentos de boa procedência. Não compartilhar talheres, nem outros objetos pessoais porque podem ser veículos de transporte da doença.
Devo ter algum cuidado específico ao ir até o hospital no dia a dia do meu tratamento?
Sim. O ideal é que vá para o hospital da maneira mais rápida possível, optando por horários e momentos em que os transportes coletivos não estejam lotados, evitar aglomerações, medir a temperatura sempre que tiver dúvida e seguir sempre a orientação do hospital onde faz tratamento.
Tive câncer há dois anos. Devo me preocupar? Sou do grupo de risco?
Não. Quem já teve câncer e não está em tratamento ativo não tem risco aumentado da doença.
Como agir e quais cuidados deve ter um paciente em tratamento de câncer caso tenha COVID-19?
Primeiro, ele precisa procurar um serviço de saúde para saber se é realmente suspeita de COVID-19 e colher o exame. Isso porque podem ser outras síndromes gripais. Se confirmado, ele deve seguir as orientações médicas fornecidas. Se forem sintomas leves, provavelmente, será isolamento, higiene rigorosa, repouso e ficar atento aos sinais mais graves, que são febre e falta de ar.
O paciente oncológico que tenha COVID-19 corre maior risco?
Dados mostram que pacientes que contraem a COVID-19 têm maior risco de complicações (evolução para uma insuficiência respiratória, por exemplo). Por isso, é necessária atenção redobrada.
O que o paciente deve fazer caso tenha cirurgia ou exames agendados?
A orientação deve ser avaliada caso a caso. Cirurgias e exames que não podem ser adiados devem ser realizados.
Fiz uma cirurgia recentemente. Devo ter algum cuidado extra por conta do coronavírus?
Não. Deve ficar em casa e manter isolamento social como todo mundo até para não ter quadro gripal nesse período de recuperação.
Sou paciente oncológico em tratamento ativo e estou com sintomas de gripe. O que devo fazer?
De maneira geral, seguir as mesmas recomendações para a população, que são isolamento, cuidados com higiene e ficar atento caso apresente sintomas como febre, tosse e falta de ar. Nesse caso, a orientação é procurar um serviço de saúde.
O que o familiar ou cuidador de um paciente em tratamento de câncer deve fazer durante a pandemia de coronavírus?
O cuidador deve se resguardar também com isolamento social, precisa usar máscara, lavar as mãos com água e sabão muito frequentemente (ou usar o álcool gel), trocar de sapatos ao voltar da rua e, se esteve em um ambiente com muita gente, trocar de roupa.
Quais as restrições para quem faz quimioterapia?
O manual do paciente em quimioterapia foi elaborado com o objetivo de orientar os pacientes e familiares e/ou acompanhantes sobre conhecimentos básicos da doença, diagnóstico e tratamento. Alerta sobre os sinais de alarme, como febre, e sobre as possíveis reações adversas ao tratamento e o que fazer para prevení-las ou minimizá-las.
- Orienta também sobre os cuidados de higiene, alimentação e comportamento durante o tratamento, assim como os direitos e benefícios sociais em função do diagnóstico.
- É importante lembrá-los que este manual deverá complementar as orientações dadas pela equipe médica e de enfermagem, com as quais qualquer dúvida adicional deverá ser esclarecida.
Dra. Leila Pessoa de Melo O corpo humano é formado por tecidos e os tecidos são formados por células. As células são as menores unidades que constituem o nosso corpo, elas crescem e morrem de maneira ordenada e regular. O sangue é responsável pela irrigação e oxigenação dos tecidos, defesa do organismo e pela coagulação.
Quando há problemas na fabricação do sangue, o paciente pode apresentar cansaço, indisposição, dores musculares e dor de cabeça, falta de ar, infecções ou sangramentos. O sangue é produzido na MO, localizada dentro dos ossos (“tutano”). Quando ocorre infiltração da medula óssea por células estranhas (tumorais), a MO não funciona adequadamente e o paciente pode apresentar anemia, queda da imunidade e sangramentos.
As células sadias que formam os tecidos são como tijolos na construção de uma casa. Porém, elas podem ficar doentes, crescendo de forma desordenada, como se fôssemos construir uma casa com tijolos com formas e tamanhos diferentes. Nestes casos, há formação do câncer, também chamado de neoplasia.
- Esse crescimento desordenado de células pode comprometer outros órgãos e tecidos próximos ou afastados do local originalmente doente, é o que chamamos de metástase.
- A) Leucemias As leucemias caracterizam-se por uma proliferação descontrolada de um determinado grupo de células na medula óssea e eventualmente no sangue e em outros órgãos.
Podem ser classificadas em linfoide ou mieloide, de acordo com o tipo de célula comprometida, em aguda (células imaturas, jovens) ou crônica (células mais maduras). Somente através de exames específicos (mielograma, biópsia de medula óssea, medula óssea, imunofenotipagem, cariótipo), e que o hematologista poderá dizer qual é o tipo de leucemia e o tratamento.
- O tratamento pode ser desde observação, tratamento com quimioterapia oral até tratamentos mais intensivos com necessidade de internação, este último, nos casos das leucemias agudas.
- Algumas vezes, pode ser necessário, um transplante de medula óssea, posteriormente.
- B) Linfomas Os linfomas são tumores do sistema linfático.
Desta forma, sua principal manifestação clínica é o desenvolvimento de massas tumorais ou adenomegalias, conhecidas como “ínguas” em regiões do corpo como: pescoço, axila, virilha, baço, fígado, estômago, amígdalas ou medula óssea. Dividem-se basicamente em Linfoma de Hodgkin e Linfomas não-Hodgkin.
- Há uma grande heterogeneidade neste grupo de doenças, de forma que o tipo específico de linfoma só poderá ser definido por meio de biópsia da massa ou do gânglio acometido.
- Devido à grande variedade de subtipos de linfomas, há diversos protocolos de tratamento, que serão explicados caso a caso pelo hematologista ao paciente.
c) Mieloma múltiplo Mieloma múltiplo é uma doença específica dos plasmócitos, células encontradas na medula óssea. No decorrer da doença, pode haver lesões ósseas (líticas), fraturas aos mínimos traumas e dor óssea. Podem ocorrer ainda anemia, infecções e sangramentos, quando a doença passa a prejudicar o funcionamento adequado da medula óssea.
É comum a produção de uma substância chamada proteína monoclonal pelas células doentes, a qual muitas vezes provoca danos aos rins, podendo levar à necessidade de sessões de hemodiálise, em casos mais graves. O tratamento envolve basicamente associações de quimioterapia com outras medicações (talidomida e corticoide) e na maioria dos casos, pode haver necessidade de um transplante autólogo de medula óssea.
São exames coletados por meio de uma punção em uma veia do braço. Geralmente, é necessário jejum de 8 a 12 horas. Existem vários tipos de exames de urina (urina 1, cultura de urina e urina de 24 horas). É importante se informar com o laboratório de análises clínicas como estes exames deverão ser colhidos.
Neste exame, é retirada uma parte do tecido acometido (massa, tumor ou gânglio) suspeito de câncer, para confirmar o diagnóstico e o tipo do tumor. É, quase sempre, um procedimento cirúrgico. Pode haver a necessidade de realização de uma biópsia de medula óssea para verificar se há doença neste órgão.
Esta biópsia é realizada com anestesia local, no próprio ambulatório do Serviço de Hematologia. O paciente pode sentir dor e desconforto na hora da biópsia, porém, geralmente, há melhora após o final do procedimento. Este exame é realizado por meio de uma punção no osso esterno (peito) ou do quadril.
É realizado com anestesia local, no ambulatório do Serviço de Hematologia. Ele avalia como está o funcionamento da medula óssea e se há indícios de doença neste órgão. São exames realizados para avaliar se a doença está localizada ou disseminada, tais como: tomografias, PET-CT ou PET Scan, ressonância nuclear magnética, raio-X, ultrassonografia.
Estes exames são importantes para programar e também avaliar a resposta ao tratamento. O ecocardiograma é geralmente solicitado e serve para avaliar a função do coração. Tratam-se de endoscopia digestiva alta e colonoscopia. São exames que podem ser necessários, se houver suspeita de acometimento do estômago ou intestino.
- Geralmente, o tratamento dos tumores hematológicos (linfomas, mieloma e leucemias) não é cirúrgico.
- A cirurgia é realizada, na maioria das vezes, para retirar um fragmento do tumor para confirmar o diagnóstico (biópsia) ou em casos de urgência (por exemplo, para descompressão da coluna devido à massa tumoral).
O tratamento dos cânceres hematológicos, em geral, é realizado com quimioterapia associada ou não à radioterapia. É um tipo de tratamento que utiliza medicamentos para combater o câncer. Estes medicamentos podem ser administrados de várias formas, tais como: via oral por meio de comprimidos, injeções intramusculares, injeções subcutâneas, infusões intravenosas, além de injeções intratecais (coluna).
- Frequentemente, dois ou mais medicamentos são utilizados em combinação.
- Esses medicamentos não conseguem diferenciar as células doentes das células saudáveis.
- Por este motivo, pode haver diferentes efeitos colaterais destas medicações tais como: queda de cabelo, feridas na boca, diarreia e queda da imunidade.
Após a avaliação do paciente, o médico fará o planejamento do tratamento: tipo de quimioterapia que o paciente irá receber, duração do tratamento, necessidade de radioterapia. O tratamento será administrado por profissionais capacitados da equipe de enfermagem e pode ser feito das seguintes maneiras: Ambulatorial – o cliente vem de sua residência para receber o tratamento no Serviço de Hematologia; Internado – o cliente é hospitalizado durante todo o período do tratamento.
O tratamento pode ser realizado das seguintes formas: Via oral (pela boca) : são medicamentos em forma de comprimidos, cápsulas ou líquidos que você pode tomar em casa. Intravenosa (pela veia) : a medicação é aplicada na veia ou por meio de cateter (que é um tubo fino colocado na veia), na forma de injeções ou dentro do soro.
Intravenosa – Cateter (Port-A-Cath®) : a medicação é aplicada diretamente no cateter através de uma agulha apropriada denominada agulha Hubber, na forma de injeções ou dentro do soro. Intramuscular (pelo músculo) : a medicação é aplicada por meio de injeções no músculo.
- Subcutânea (abaixo da pele) : a medicação é aplicada por meio de injeção no tecido gorduroso acima do músculo.
- Intratecal (pela espinha dorsal) : é pouco comum, sendo aplicada no líquor (líquido da espinha), administrada pelo médico, em uma sala própria ou no centro cirúrgico.
- Tópico (sobre a pele) : o medicamento, que pode ser líquido ou pomada, é aplicado na pele.
Consiste na aplicação de radiação na área do tumor. A radiação destrói as células do câncer. Em geral, são realizadas sessões diárias com duração de poucos minutos, exceto finais de semana e feriados. Antes de realizar a radioterapia, o paciente é avaliado por um médico radioterapeuta e ele fará o planejamento do tratamento radioterápico.
- A quimioterapia pode provocar alguns efeitos colaterais, que dependem do tipo de medicamento utilizado e da fase do tratamento.
- Os mais comuns são: feridas na boca (mucosite), náusea, vômitos, queda da imunidade facilitando o aparecimento de infecções, cansaço devido anemia e sangramentos devido à diminuição do número de plaquetas.
Devido à queda da imunidade, você fica mais predisposto a infecções. A febre é um sinal de alerta para a presença de infecção. Febre é a temperatura maior ou igual a 37,8°C, o que requer a sua ida imediata ao Pronto Socorro para iniciar medicação adequada.
Repouse ao máximo; Não faça esforço além da sua capacidade;
Caso os sintomas persistam ou apareça falta de ar, procure seu médico imediatamente. Diante de sangramentos (na gengiva, na pele, pelo nariz, pela vagina ou pelo ânus) ou diante de manchas roxas na pele, pequenas ou grandes, você deve logo procurar o Pronto Socorro porque isso pode significar que as plaquetas estejam baixas e que uma transfusão de plaquetas pode ser necessária.
- É um dos efeitos mais indesejados, mas não são todos os quimioterápicos que causam este problema.
- Caso aconteça, saiba que é sempre passageiro.
- Todos os pelos do corpo podem cair, inclusive os pubianos, os cílios e as sobrancelhas.
- Alguns pacientes podem ter queda parcial e outros, total, dependendo da sensibilidade ao quimioterápico.
Normalmente, a queda começa poucas semanas após o início da quimioterapia, mas é reversível. Um novo cabelo começa a nascer mesmo durante o tratamento.
Use xampus e cremes suaves, de preferência os infantis; Não utilize produtos químicos fortes (tinturas, alisamentos etc); Penteie os cabelos delicadamente; Considere cortar os cabelos. Alguns pacientes preferem cortar os cabelos antes de iniciar a quimioterapia, como uma forma de preparação para o processo da queda; Caso você goste, use chapéus, bonés, perucas e lenços; Utilize óleos e hidratantes (mineral, amêndoa, lanolina, de girassol) no couro cabeludo, caso se torne ressecado; Utilize proteção ou filtro solar no couro cabeludo, pois ele, sem cabelo, é mais sensível ao sol.
A quimioterapia pode causar inflamação ou mesmo úlceras (aftas) na boca, chamada mucosite. Neste caso:
Siga as orientações de higiene oral; Faça bochechos com água bicarbonatada (não engolir); Faça bochechos com chá de camomila na temperatura ambiente ou gelado (pode engolir); Não utilize antissépticos que contenham álcool, pois pode piorar a mucosite; Utilize escovas de espuma ou gaze ou algodão úmidos, caso a utilização da escova de dentes seja dolorosa; Utilize as soluções para bochecho e os analgésicos prescritos; Sempre que possível, antes de iniciar um tratamento com quimioterapia, consulte um dentista; Evite alimentos ácidos, condimentados e picantes; Não consuma bebidas alcoólicas, pois podem interferir com a quimioterapia.
Os medicamentos utilizados para melhorar estes sintomas são Plasil® (metoclopramida), Dramin® (dimenidrinato) ou Vonau® (ondansentrona). Geralmente são prescritos com 6 a 8 horas de intervalo entre as tomadas; Outros cuidados:
Realize higiene oral após os episódios de vômito, para dar conforto e evitar alterações na cavidade oral; Informe ao seu médico caso o medicamento para vômito não esteja sendo eficaz; Informe ao seu médico ou enfermeiro sobre o aspecto, a frequência e a quantidade dos vômitos; Não fique muito tempo sem se alimentar; Faça pequenas refeições frequentes, a cada 2 a 3 horas; Beba líquidos várias vezes ao dia, em pequenas quantidades, para evitar a desidratação; Não se alimente no intervalo de 1 hora antes ou depois da quimioterapia; O medicamento prescrito para vômito deve ser tomado pelo menos meia hora antes do quimioterápico; Se o vômito ocorrer em até meia hora após a tomada do medicamento quimioterápico, você deverá aguardar alguns minutos para repetir a dose do remédio.
Consiste na liberação de fezes líquidas ou pastosas pelo intestino, três ou mais vezes ao dia, acompanhada ou não de cólicas abdominais. No caso de diarreia, siga o recomendado:
Realize higiene íntima após cada evacuação com água corrente e sabão ou algodão úmido; Não use papel higiênico para a limpeza local; Relate à equipe de saúde caso apareçam feridas, fissuras ou assaduras na região do ânus; Beba bastante líquido para evitar a desidratação; Informe ao médico ou ao enfermeiro sobre o aspecto, a quantidade e a frequência das evacuações; Vigie a temperatura corporal, pois poderá aparecer febre; Evite alimentos gordurosos, frituras e alimentos que contenham leite e derivados (sorvetes, queijos, iogurtes, chocolates), pois podem piorar a diarreia.
As medidas neste caso são:
Beba bastante líquido; Mantenha uma dieta rica em fibras (aveia, cereais); Se não houver melhora, pode-se fazer uso de laxativos, sob orientação médica; Se ainda não houver melhora, contate o seu médico; Não utilize supositórios e “lavagens” sem o conhecimento do seu médico.
Dependendo do tipo de medicamento, você pode apresentar alterações na pele, como vermelhidão, coceira, descamação, ressecamento e manchas. As unhas também podem apresentar escurecimento e rachaduras. Alguns cuidados:
Mantenha a pele limpa e as unhas aparadas; Evite banhos demorados e muito quentes; Use hidratantes ou óleo de amêndoas; Evite se expor ao sol, pois o sol pode provocar manchas na pele nos pacientes em quimioterapia; Use sempre protetor solar antes de sair de casa (no mínimo, fator de proteção solar de 30).
Geralmente, as alterações desaparecem após o tratamento. A menstruação pode apresentar alterações; o fluxo menstrual pode aumentar, diminuir ou parar completamente. Após o término da quimioterapia, o ciclo menstrual geralmente retorna ao normal. Caso não aconteça, fale com seu médico.
Escove os dentes após as refeições e antes de dormir, com escova de cerdas macias e creme dental infantil; Use o fio dental com cuidado. Evite o uso do fio dental na fase em que as defesas estejam baixas; Escove a prótese dentária após as refeições e bocheche com água bicarbonatada (não engolir); Retire a prótese dentária em caso de desconforto e na hora de dormir; Mantenha os lábios lubrificados com manteiga de cacau.
Tome banho diariamente com sabão neutro, evite banhos quentes e demorados; Mantenha os cabelos e o couro cabeludo limpos; Mantenha as unhas aparadas e limpas; Não retire cutículas e evite cortar os “cantinhos” das unhas – dê preferência à lixa; Lave as mãos antes das refeições, após usar o banheiro ou manusear dinheiro, revistas e jornais; Proteja o cateter ou o curativo na hora do banho (não molhe o cateter ou o curativo); Mantenha a casa limpa e arejada; Mantenha as roupas de uso pessoal e as de cama, mesa e banho sempre limpas e passadas; Evite o uso de produtos de higiene com cheiro forte.
Dê preferência à higiene com água corrente e sabão neutro após urinar e evacuar ou utilize chumaço de algodão úmido em casos de diarreia, hemorroidas, sensibilidade local ou qualquer outra lesão; Se utilizar papel higiênico, prefira os brancos, macios e sem perfume; Dê descarga com a tampa do vaso sanitário abaixada, pois os medicamentos são eliminados do organismo pelas fezes e urina, sem contar que isso também é uma forma de prevenção de infecções.
Não ande descalço; Não esprema cravos, espinhas e “furúnculos”; Evite contato com animais e suas fezes e urina; Evite mexer com terra e plantas; Não tome sol no horário entre as 10 e 15 horas; Utilize filtro solar; Evite depilação; Evite usar lâminas de barbear. Caso não seja possível, utilize sempre lâminas novas; Hidrate a pele diariamente; Evite aglomerações e locais de pouca ventilação; Certifique-se das condições de higiene e do preparo dos seus alimentos; Não use supositório e clister sem orientação médica; Evite contato com crianças que receberam vacinas com vírus vivos (como a vacina contra a paralisia infantil, a Sabin), pois eles poderão ser eliminados através das fezes durante 3 a 4 semanas.
Os cuidados com a higiene na preparação dos alimentos devem ser redobrados; Os alimentos devem estar frescos e preparados no mesmo dia para o consumo; Evite alimentos guardados na geladeira de um dia para o outro; Evite carnes mal passadas ou cruas para o consumo (exemplo: carpaccio, peixe cru); As frutas, legumes e verduras devem ser bem lavados e colocados de molho por 10 minutos em um recipiente contendo Hidrosteril®, 10 gotas para cada litro de água em que estejam imersos os alimentos. Após, utilize-os normalmente sem lavá-los novamente para não correr o risco de recontaminá-los; Ingerir líquidos não alcoólicos em abundância (água, sucos, Gatorade, água de coco e chás) distribuídos em várias tomadas, de preferência longe das refeições e somando um total diário de dois a três litros/dia; Antes da quimioterapia, alimente-se com alimentos leves e de fácil digestão; Evite ficar muitas horas em jejum, alimente-se com pequenas porções 5 a 6 vezes por dia.
Caso sejam percebidas alterações na região de implantação, como: vermelhidão, aumento da temperatura no local, saída de algum líquido, dor, inchaço ou tenha febre (temperatura maior ou igual a 37,8°C), comunicar imediatamente ao médico ou à enfermeira do Serviço de Hematologia de São José dos Campos.
O fato de estar com o “port” não altera as atividades diárias. Após a cicatrização do local da inserção, pode-se dormir do lado em que está implantado o “port”. Quando estiver recebendo quimioterapia ou qualquer outro medicamento, comunicar imediatamente à enfermagem qualquer alteração como dor, queimação local, sensação que o curativo está molhado ou mal estar.
Se você faz quimioterapia em dias seguidos, poderá ser necessário permanecer com a agulha no cateter até o término do ciclo. Neste caso, a enfermeira fará um curativo oclusivo, onde a agulha ficará totalmente coberta, e será necessário redobrar os cuidados com o cateter.
No banho, deve-se evitar molhar o curativo e, à noite, evitar deitar sobre o lado do cateter. A infusão da quimioterapia fora da veia é chamada de extravasamento e pode causar feridas no local. A injeção de medicamentos na veia deve ser SEMPRE sem dor. Caso você sinta algo diferente, mesmo que seja apenas um inchaço no local da aplicação, peça para suspender imediatamente a infusão.
O extravasamento pode ser perigoso. Para prevení-lo:
Evite movimentos bruscos e desnecessários durante a infusão da quimioterapia; Comunique à equipe de enfermagem que estiver cuidando de você sobre qualquer sensação estranha (dor, inchaço, vermelhidão, formigamento, queimação). Estes sintomas podem aparecer durante ou algum tempo depois da infusão.
Tente manter as suas atividades normalmente, mas respeite seus limites. No colégio, procure informar sobre seu tratamento para que você possa continuar seus estudos normalmente. Procure um amigo que possa repassar as atividades de classe. Evite aglomerações e contato com pessoas resfriadas/gripadas.
- Se você já pratica esportes ou deseja iniciar atividades físicas, não há contraindicação à prática de exercícios durante o tratamento.
- É possível que você se sinta menos disposto e um pouco mais cansado, sendo necessário sempre ficar atento para não ultrapassar seu limite de esforço.
- Algumas atividades deverão ser realizadas somente com o consentimento do seu médico.
Evite atividades físicas que possam provocar traumatismos (futebol, voleibol, basquete, lutas marciais, etc.). As relações sexuais devem ser evitadas durante o período de baixa imunidade. Entretanto, você poderá retornar às atividades sexuais quando a imunidade estiver recuperada.
- É importante que, sendo paciente homem ou mulher, seja utilizado preservativo (camisinha) durante o tratamento quimioterápico ou radioterápico.
- AS MULHERES EM IDADE FÉRTIL NÃO PODEM ENGRAVIDAR DURANTE O TRATAMENTO, POIS O BEBÊ PODE NASCER COM PROBLEMAS SÉRIOS DEVIDO À QUIMIOTERAPIA.
- VOCÊ DEVERÁ USAR SEMPRE MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS (PÍLULAS E PRESERVATIVOS – CAMISINHA).
Não use qualquer bebida alcoólica no período da quimioterapia e durante a aplasia da medula. Muitos medicamentos, mesmo os homeopáticos e os “chás naturais”, podem interferir no tratamento quimioterápico ou aumentar os efeitos colaterais. Por isso, nesta fase de tratamento, você deve usar somente aqueles prescritos pelo seu médico.
Se for preciso o uso de outro tratamento, discuta com o médico e o farmacêutico sobre os efeitos e os riscos de associar tais medicamentos. Não. Você deve tomar medidas contraceptivas como, por exemplo, o uso de pílulas anticoncepcionais e preservativos (“camisinha” masculina ou feminina). Se você pretende engravidar após o término do tratamento, converse antes com seu médico.
Sim, deve haver acompanhamento odontológico durante todo o período de tratamento. Idealmente os procedimentos dentários devem ser realizados antes de iniciar o tratamento quimioterápico. O dentista deve estar bem familiarizado com as doenças do sangue.
- Deve-se evitar procedimentos dentários na fase de baixa imunidade.
- Se for um caso de urgência, peça orientação ao seu médico.
- A saúde da boca é de extrema importância para uma melhor evolução do tratamento quimioterápico, principalmente no que se refere às mucosites e às infecções.
- É importante lembrar que a higiene bucal com fio dental, escova macia e creme dental deve ser realizada cuidadosamente, depois de todas as refeições, com o objetivo de prevenir tanto a cárie como a inflamação gengival.
Após a alta hospitalar, você receberá: a receita com os medicamentos para usar em casa; as orientações para os sinais de alarme, ou seja, aquelas alterações que, se surgirem, você deve procurar o médico imediatamente; a data do retorno ao hospital ou ao Serviço de Hematologia, e as solicitações dos exames que serão colhidos no dia da consulta de retorno.
- Mesmo após a alta definitiva do tratamento, será necessário seu retorno periódico ao Serviço de Hematologia para consultas e exames de acompanhamento.
- Caso possua cateter totalmente implantado (Port-A-Cath®), você deverá comparecer ao Serviço de Hematologia a cada 30 dias para o procedimento de limpeza do cateter.
No caso do tratamento em casa, com o uso de comprimidos quimioterápicos, você deve observar com cuidado a duração do tratamento e o horário certo da tomada dos comprimidos. Lembre-se que alguns medicamentos sofrem interferências com a alimentação, converse com o seu médico sobre como devem ser tomados os comprimidos, se junto ou distante das refeições.
Sempre que utilizar o vaso sanitário, lembre-se de dar a descarga por três vezes, com a tampa fechada. Fazer isso até três dias depois do uso destes medicamentos;
O medicamento também pode ser eliminado pelo vômito. Caso necessite de alguma limpeza, é importante que a pessoa a realizá-la use luvas. A limpeza deve ser feita de fora para dentro, utilizando um papel absorvente, que deve ser jogado no lixo em dois sacos plásticos bem fechados. Utilize água sanitária para finalizar a limpeza;
Lave bem as mãos, com água e sabão, após o manuseio do medicamento e evite que outras pessoas toquem nele;
Guarde sempre os medicamentos longe do alcance de crianças, em locais secos e arejados, e fique atento para aqueles que devem ficar na geladeira;
Só utilize comprimido partido em caso de orientação médica;
Você sempre terá a quantidade certa de medicamentos para o tratamento de cada mês, mas pode ocorrer de sobrar medicamentos ou de eles serem suspensos. Nestes casos, você deverá devolvê-los à farmácia, pois os quimioterápicos não podem ser jogados em lixo comum;
No caso de crianças e bebês, as mães devem evitar tocar diretamente nas fraldas sujas;
No caso de se esquecer de tomar o medicamento quimioterápico no horário, você deverá tomá-lo no mesmo dia, assim que se lembrar. Se já tiver se passado um dia, não tome uma dose dupla e sim a dose do dia, lembrando que o seu tratamento se prolongará por mais um dia.
As embalagens dos comprimidos deverão ser devolvidas ao Serviço de Hematologia de São José dos Campos para descarte apropriado, pois as mesmas não podem ser jogadas em lixo comum.
Sim. Você tem direito a benefícios como:
Saque integral do PIS e FGTS, pelo paciente ou por seu representante legal; Licença para tratamento de saúde, “auxílio doença” para os pacientes que possuam vínculo com o INSS; Aposentadoria por invalidez; Benefício da Prestação Continuada – LOAS; Isenção do Imposto de Renda para os aposentados; Andamento judiciário prioritário; Fornecimento de remédios pelo SUS; Gratuidade no transporte intermunicipal proporcionado pelas Prefeituras, “Tratamento Fora do Domicílio” ou “Vale Social”; Encaminhamento para Casa de Apoio.
De acordo com o tipo de tratamento, poderão ser necessários hemogramas de controle até mesmo a cada 48 horas, para avaliação dos níveis de plaquetas, leucócitos e hemácias; você será instruído pela equipe. LEMBRAMOS a você que, nestes casos, deverá comparecer ao nosso serviço de segunda a sexta-feira, no período da manhã.
Quem faz quimioterapia precisa de repouso?
A hora de parar de trabalhar – O paciente que faz quimioterapia pode trabalhar até que algo mude em sua rotina a ponto de ser necessário parar. Seja por causa de uma cirurgia, uma complicação nos efeitos colaterais ou algum outro fator. Se isso acontecer, é aconselhável não tentar nadar contra a maré.
Aceite as recomendações médicas e aproveite o tempo livre para fazer atividades diferentes, como estudar, ler, ficar com os familiares ou sair com os amigos. Diversos pacientes contam que aproveitaram o tempo que estiveram em casa para se aperfeiçoar e conseguiram retornar ao trabalho mais capacitados posteriormente.
Outros contam que aproveitaram esse tempo para melhorar a relação com a família e os amigos.
- Cada paciente tem uma forma de preencher o tempo que fica em casa, e isso deve ser feito todos os dias.
- Para pacientes registrados em regime CLT, existe o auxílio doença, programa da Previdência Social que garante o pagamento de salário a funcionários que precisem se ausentar do trabalho por mais de 15 dias corridos em virtude de afastamento médico.
- Já os autônomos não contam com esse auxílio, e talvez precisem recorrer a outros meios para obter renda, como a venda de um bem material, um empréstimo, ou até mesmo pedir ajuda a um familiar ou amigo.
- O que não deve ser feito é continuar trabalhando mesmo com a solicitação de afastamento, pois isso pode prejudicar não apenas o estado de saúde geral do paciente, como também o tratamento oncológico.
O que acontece depois da primeira sessão de quimioterapia?
O que esperar durante a primeira sessão: –
- Preparação: você provavelmente terá uma consulta com o médico, oncologista ou onco-hematologista, para discutir o plano de tratamento, os possíveis efeitos colaterais e quais medicamentos serão utilizados.
- Local da sessão: a quimioterapia pode ser administrada em um hospital, clínica especializada ou ambulatório.
- Duração: a primeira sessão de quimio geralmente é mais longa do que as demais, porque será avaliada a tolerância do paciente aos medicamentos. Pode chegar a durar horas. Nesse momento, aproveite para se distrair lendo um livro, escutando aquela música que tanto gosta ou fazer qualquer outra atividade que lhe traga sensação de conforto.
- Administração dos medicamentos: ela pode ser via intravenosa (por meio de uma veia), oral ou até mesmo por injeções. A depender da quantidade de ciclos que o paciente fará, e dos medicamentos que serão usados, pode ser indicado um uso de cateter, justamente para não necessitar ficar dando “picadinhas” a cada vez que o tratamento for aplicado.
- Monitoramento: durante toda a sessão, a equipe médica e multiprofissional irá monitorar de perto o paciente, verificando sinais vitais como pressão arterial, pulso, temperatura. Fique tranquilo, porque este é um procedimento normal!
- Efeitos colaterais: infelizmente, é possível que, a depender do tipo de quimioterapia aplicada, o paciente sinta os indesejáveis efeitos adversos, como enjoo, fadiga, queda de cabelo, perda de apetite, dentre outros. Converse sempre com seu médico, pois é possível amenizar alguns destes efeitos com a administração de remédios, por exemplo.
- Acompanhamento: pronto, chegou o final da primeira sessão! O corpo vai precisar de um tempinho para se recuperar até o dia da próxima quimio. A equipe médica irá lhe informar quando retornar e quais cuidados tomar enquanto estiver em casa (caso o paciente não necessite de internação).
A quimioterapia é uma experiência bastante individual, então se você tiver qualquer dúvida, não deixe de compartilhar com seu especialista!
Quem faz quimioterapia pode ficar perto de bebê?
“Mal posso esperar para concluir a quimio e pegar meu bebê nos braços”, diz mulher que descobriu a quarta gravidez semanas depois de saber que tinha câncer Adriana durante sessão de quimioterapia (Foto: Reprodução Instagram) Apenas dois meses depois de receber a notícia de que tinha um câncer em um dos seios, a auxiliar de enfermagem Adriana Zaru descobriu que estava, Mãe de Jade, de 19 anos, Ana Júlia, de 17, e Natália, de 11, ela não planejava ter mais filhos e a gestação do caçula foi uma surpresa.
“Descobri o no exame de toque das mamas e soube, pouco tempo depois, que teria um novo bebê na família. Foi um choque. Estava tão estressada com a doença, que acabei perdendo o controle do meu ciclo. Chorei muito por causa do medo de perder o bebê ou de ele ficar com alguma sequela”. diz a carioca. saiba mais As 10 maiores ameaças à saúde em 2019, segundo a OMS Pais descobrem que filha tem câncer depois de tirar foto da menina em balanço Graças a frequência com que fazia o exame das mamas, o câncer de Adriana foi descoberto em estágio inicial, e depois de retirar o tumor cirurgicamente, ela começou a quimioterapia na 15ª semana de gestação.
Os médicos garantiram que o tratamento era seguro. “No primeiro dia da quimio, senti o, Nem dormi direito de preocupação, mas até agora todos os exames têm dado resultados normais”, afirma aliviada. Ela está atualmente na 26ª semana de gestação. O tratamento deve durar até meados de junho e o bebê tem a data de parto prevista para o começo de julho.
“Com a quimio vem o cansaço e a perda de cabelo, mas, por outro lado, recebi muito apoio de mulheres que passaram por situações parecidas e tiveram bebês saudáveis. Está sendo um aprendizado para mim e mal posso esperar para concluir a quimio e pegar meu bebê nos braços. Será um presente duplo”, conta.
Gestantes podem fazer quimioterapia? Como aconteceu com Adriana, a mama é o local onde mais comumente tumores malignos são encontrados durante a gravidez. De acordo com Clarissa Baldotto, oncologista da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
- Dependendo do tipo de câncer, a quimioterapia durante a gestação é indicada e considerada segura para o bebê e para a mãe a partir do segundo trimestre.
- No primeiro trimestre, a quimio não é recomendada por aumentar o risco de malformações e,
- Se o câncer for muito agressivo e descoberto logo depois da concepção, é preciso discutir a possibilidade de interrupção para proteger a vida da mãe.
Nas três semanas finais do terceiro trimestre, a aplicação da quimioterapia não é recomendada por aumentar a chance de “, explica. Outros tratamentos para o câncer, porém, não podem ser realizados durante a gestação. A radioterapia é contra indicada, pois a radiação aumenta significativamente o risco de abortos espontâneos, malformações e problemas no desenvolvimento fetal.
Quem faz quimioterapia fica afastado?
Hora de voltar ao trabalho – Quando o médico diz que o paciente já pode retornar ao trabalho, isso deve ser encarado com bons olhos. Significa que o tratamento está dando certo e que o quadro do paciente está melhorando. Quem está fazendo quimioterapia pode trabalhar com praticamente qualquer ramo de atividade, mas, por vezes, pode ser necessário um ajuste de função.
Ou seja, o gestor pode mudar o funcionário de função, de acordo com recomendações médicas. Por exemplo, se os médicos recomendarem que o paciente não fique muito tempo em pé, um colaborador que antes trabalhava em pé pode ser realocado para uma função que seja exercida sentado. Isso deve ser encarado como uma oportunidade, um novo começo que pode trazer novas perspectivas e conquistas profissionais.
Quem está fazendo quimioterapia pode trabalhar, desde que se sinta bem para isso. Porém, médicos e pacientes desencorajam a aposentadoria por invalidez. Segundo eles, o trabalho ocupa a mente, mantém o corpo mais saudável e elimina grande parte do estresse sentido pelo tratamento, além de poder contar com o apoio dos colegas de trabalho.
- Fonte:
: Quem está fazendo quimioterapia pode trabalhar?
Quem faz quimioterapia não pode ficar perto de cachorro?
Animais de estimação e quimioterapia – Vou começar a quimioterapia: posso continuar convivendo com os meus pets? Vou começar a quimioterapia: posso continuar convivendo com os meus pets? Se você está para começar a quimioterapia ou já iniciou o tratamento, pode ter dúvida se é possível continuar convivendo com seus pets.
- Neste caso, a resposta é sim! Inclusive, os animais de estimação são excelentes companheiros, trazem alegria para casa e oferecem até mesmo suporte psicológico neste momento delicado da vida.
- Em contrapartida, alguns cuidados devem ser tomados, já que os quimioterápicos são imunossupressores, tornando os pacientes mais expostos aos diversos tipos de infecções.
Algumas ações importantes são manter as consultas com o veterinário, vacinação e vermifugação em dia, evitar lambidas em regiões próximas a machucados ou dispositivos como cateteres usados no tratamento, além de cuidar da higiene do pet e do ambiente onde ele vive.
Porque não pode pegar sol durante a quimioterapia?
No período de verão, muitas pessoas vão à praia ou a áreas com sol para fazer atividades ao ar livre. Uma dúvida comum compartilhada por muitos pacientes oncológicos que estão em tratamento é: quem faz quimioterapia ou radioterapia pode tomar sol? A resposta é sim.
Mas apenas com os cuidados necessários. Afinal, sol, quimioterapia e radioterapia definitivamente não combinam! Alguns medicamentos usados na quimioterapia são fotossensibilizantes, ou seja, podem deixar a pele mais sensível e causar reações cutâneas indesejáveis nas partes expostas ao sol. Com isso, a exposição solar indevida pode causar queimaduras solares mais rapidamente do que o normal e manchas escuras, devido a hiperpigmentação pós-inflamatória.
Além disso, os quimioterápicos também afetam o sistema imunológico, provocando uma baixa imunidade nesses pacientes. Então, eles ficam mais propensos a desenvolverem processos infecciosos, como micoses e infecções bacterianas, além de ser mais possível que alguma outra doença oportunista se desenvolva.
- Acontece o mesmo com a radioterapia, que sensibiliza a pele nos locais irradiados.
- Aqui a pele fica mais seca do que o normal e existe um grande risco de desenvolver câncer de pele nas áreas afetadas pelo tratamento se não houver os cuidados necessários.
- Outra reação comum são as chamadas radiodermites, que são intensificadas pelo sol.
Em ambos os casos, é aconselhável evitar exposições exageradas, principalmente no horário entre às 10h e às 16h, no qual é mais presente a radiação ultravioleta UVB, a faixa mais ligada às queimaduras. Independente do horário, o uso de protetor solar é obrigatório, sendo muito importante que o fator de proteção seja acima de 60 FPS e também que reaplique o produto a cada duas horas durante o dia! Mas não se esqueça dos cuidados que vão além do protetor solar! Como manter a hidratação da pele, passando hidratantes e consumindo bastante líquidos; utilizar lenços ou chapéus, para uma proteção ainda maior; evite tirar cutículas para não gerar porta de entradas para infecções; tomar cuidado com o uso de lâminas de depilação para evitar irritações.
Além de se secar bem após o banho para evitar o risco de micose! Com esses cuidados, é possível aproveitar as altas temperaturas de maneira saudável e protegida, permitindo um tratamento mais confortável para o paciente! Mas essas dicas não devem substituir as recomendações do seu médico de confiança.
Em caso de dúvidas, procure a orientação de um profissional especializado!
Quantos dias de atestado para quimioterapia?
Saque do FGTS e do PIS/Pasep – O trabalhador com câncer ou que tenha dependente com neoplasia maligna tem direito ao saque do FGTS. Não é preciso estar com a Carteira de Trabalho registrada no momento do diagnóstico, bastando que o trabalhador tenha saldo depositado no Fundo, proveniente de outros registros profissionais.
O valor recebido será o saldo de todas as contas pertencentes ao trabalhador. É importante que o trabalhador saiba que, mesmo retirando o saldo do FGTS na ocasião de um câncer, não haverão prejuízos na hipótese de dispensa imotivada pela empresa. A multa rescisória a ser paga pelo empregador incidirá normalmente sobre o valor atualizado que deveria estar na conta vinculada, e não sobre o saldo existente no momento do desligamento.
Para solicitar a liberação do FGTS, basta o empregado ir a qualquer agência da Caixa Econômica Federal (CEF), munido dos seguintes documentos:
Documento de identificação do beneficiário e de seu dependente (se for o caso); Carteira de Trabalho; Comprovante de inscrição no PIS/PASEP; Laudo histopatológico (estudo em nível microscópico de lesões orgânicas) ou anatomopatológico (estudo das alterações no organismo pela patologia), conforme o caso, e fornecido pelo serviço médico; Atestado médico válido por 30 dias com o atual estágio clínico da doença e do doente; e Comprovação da condição de dependência do portador da doença, quando for caso.
Se o paciente com câncer for um dependente do titular da conta vinculada do FGTS, é preciso que ele se enquadre em determinadas definições legais. São dependentes, os inscritos como tal nos Institutos de Previdência Social da União, dos estados ou municípios, sendo estes: cônjuge ou companheira (o), filho menor de 18 anos ou inválido, pessoa designada menor de 18 anos, maior de 60 ou inválida, equiparados aos filhos (enteado/a, menor sob guarda ou sob tutela judicial que não possua bens suficientes para o próprio sustento). Para comprovar esta relação de dependência, podem ser solicitados documentos como: declaração expedida pelo INSS que assegure a relação, Carteira de Trabalho em que conste a declaração de dependência, certidão de nascimento (em caso de filhos) ou casamento (no caso de cônjuge), declaração confeccionada em qualquer Cartório de Registro Civil mencionando o estado de companheiros entre trabalhador (a) e sua (seu) companheira (o) acometida (o) com câncer e documento judicial da guarda ou tutela.
No caso do PIS/PASEP, também é feito o pagamento para trabalhador cadastrado antes de 1988 com câncer na fase sintomática da doença ou que possua dependente portador da neoplasia. Ele receberá o saldo total de suas quotas e rendimentos. Em 1988, os depósitos do PIS (Programa de Integração Social) foram suspensos, e hoje o trabalhador recebe somente os rendimentos.
Já o PASEP (Programa de Assistência ao Servidor Público), é um depósito de quota mensal realizado pela emissão de um cadastro de dados dos trabalhadores. O PIS pode ser sacado pelo trabalhador com câncer ou dependente afetado pela neoplasia, após a comprovação deste direito em qualquer agência da Caixa.
No caso do PASEP, a solicitação deve ser feita no Banco do Brasil (BB). Os documentos necessários são basicamente os mesmos pedidos para saque do FGTS, como: carteira de trabalho ou cartão do PIS, laudo médico etc. As condições para que alguém com câncer seja considerado dependente do titular do PIS/PASEP são as mesmas do FGTS mencionadas acima.
Quem faz quimioterapia tem que usar banheiro separado?
Se possível, use um banheiro separado durante o tratamento. Sempre lave as mãos com água e sabão após usar o vaso sanitário. Seque as mãos com toalhas de papel e descarte-as.
O que paciente oncológico deve evitar?
É importante também evitar o consumo de carnes processadas, como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, peito de peru defumado e blanquet de peru. ‘Cogumelo do sol, noni, graviola, chá de graviola, chá verde, dentre outros muitos alimentos, curam o câncer.’
Como é a vida após a quimioterapia?
Um assunto pouco abordado, mas de grande importância, refere-se à vida após o câncer. Durante o diagnóstico e tratamento da doença, são diversas as dicas para enfrentar esse momento e superá-lo. Mas, e quando a luta é vencida, quais são as recomendações para uma vida após vencer o câncer? Mesmo quando se encerra o tratamento, o paciente tem um período de cinco anos de espera para se considerar curado, desde que não haja recidiva.
Os novos cuidados com a saúde física
Os efeitos colaterais das medicações não terminam junto ao tratamento. Assim, o sistema imunológico continua abalado. É por isso que os cuidados com a saúde, de forma geral, precisam permanecer por um longo período. Mesmo após a alta, os exercícios e dietas para manter a qualidade de vida devem fazer parte da rotina: e o paciente sabe disso.
O novo olhar aos pequenos prazeres
Passar pelo câncer te leva a prestar mais atenção na vida, revendo seus valores, desejos e crenças. Após o tratamento, o paciente enxerga e procura um novo sentido à vida, visualizando tudo com uma percepção diferenciada. Os momentos e as situações que podem parecer ruins são amenizadas em comparação a tudo o que se passou com a doença, e você passa a valorizar as pequenas coisas.
O relacionamento com o trabalho
Se o paciente trabalhava antes de descobrir a doença, retornar ao trabalho pode ajudar a retomar uma parcela do “antigo normal” da sua vida. Mas isso não é uma regra ou obrigação. A cura do câncer pode, também, te levar a experimentar novas oportunidades e se dedicar a outras aptidões profissionais.
A (re)descoberta de paixões e hobbies
Vencer o câncer é ter uma oportunidade para buscar ou retomar hobbies que, antes da doença, eram negligenciados. Muitos pacientes visualizam a vida após o câncer como um momento propício para explorar uma nova paixão, descobrir habilidades, conhecer lugares diferentes ou até mesmo retomar um projeto deixado de lado.
A aceitação de momentos ruins
Com ou sem a doença, você terá dias ruins. Esses dias ruins podem ser mais emocionais ou mais fatoriais, sendo relacionados ou não ao câncer. Mas, nesses momentos, o paciente já tem a força necessária para não sucumbir ao medo. O sucesso do tratamento te leva a perceber um lado positivo até nos piores momento.
O compartilhamento de experiências
A grande dádiva da cura do câncer é poder ajudar a quem está passando pelo que você já passou. O paciente que supera o câncer carrega consigo diversos aprendizados, experiências e capacidade de acolher e apoiar quem passa por um momento difícil. Pense sobre o dia que você recebeu o diagnóstico e pense em você hoje.
- A força que você tem atualmente pode ser uma inspiração para outras pessoas.
- Compartilhe suas histórias com quem precisa ouvir, dê apoio e transforme a dor do próximo em amor coletivo.
- O Instituto Peito Aberto está aqui para ouvir o seu relato! Se você quer compartilhar sua história de luta e superação, nos envie sua mensagem através do Diário da Paciente em nosso site.
Clique aqui e nos conte o seu relato! Temos certeza de que a sua jornada poderá ajudar outras mulheres.
O que não se pode comer durante a quimioterapia?
Limite o consumo de carne vermelha para, no máximo, 3 vezes na semana e escolha opções com menor teor de gordura. Evite o consumo dos embutidos (ex: salsicha, presunto, peito de peru, salame, mortadela, linguiça). Beba bastante água, no mínimo 2 litros por dia, principalmente nos intervalos das refeições.
Quais são os 4 tipos de quimioterapia?
→ Como a quimioterapia é administrada? – A quimioterapia pode ser administrada de diferentes formas: pela boca (via oral), pela veia (intravenosa), pelo músculo (intramuscular), abaixo da pele (subcutânea), sobre a pele (tópica) ou no líquido cerebroespinhal (intratecal).
De uma maneira geral, as vias mais comuns de administração são a intravenosa e a oral. Vale destacar que o tratamento varia de uma pessoa para outra. Sendo assim, a forma de administração e o medicamento escolhido não são os mesmos em todos os casos. É importante destacar ainda que o paciente poderá receber o medicamento e retornar para sua casa ou poderá ficar internado durante o tratamento.
No caso da quimioterapia oral, o medicamento poderá ser administrado em casa, sem a necessidade de deslocamento até um hospital. A duração do tratamento irá variar de um paciente para outro e de acordo com a frequência da administração. O tratamento contra o câncer pode ser bastante eficiente, levando a uma cura completa do paciente.
Qual o melhor suco para quem está fazendo quimioterapia?
Suco de gengibre, abacaxi e limão O gengibre ajuda a melhorar a circulação e diminuir as náuseas e os enjoos causados pelo tratamento de quimioterapia. Ingredientes: 1 colher de chá de gengibre raspado.
Quantas sessões de quimioterapia uma pessoa faz?
Como funciona o tratamento de quimioterapia? – Centro de Oncologia – CEON+ A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
- Os quimioterápicos são drogas tóxicas para células que estão se proliferando.
- Uma vez que os tecidos tumorais costumam apresentar um índice proliferativo maior que os tecidos saudáveis, estas drogas podem ser utilizadas como tratamento contra o câncer.
- Além disso, os tecidos tumorais não possuem a organização e capacidade de regeneração dos tecidos saudáveis, por isso precisariam de mais tempo para se recuperar dos efeitos tóxicos da quimioterapia.
Desta forma, ao administrarmos a quimioterapia em ciclos, procuramos dar o tempo exato de intervalo para que os tecidos saudáveis se regenerem da agressão da quimioterapia, sem que haja tempo para que o tecido tumoral se recupere plenamente. Desta forma, esperamos enfraquecer o câncer progressivamente a cada ciclo, veja na figura abaixo:
- Em um tratamento quimioterápico, muitas vezes são combinadas drogas que agem de forma complementar para obter um resultado melhor.
- Estes medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que elas se espalhem pelo corpo.
- O paciente pode receber a quimioterapia como tratamento único ou aliado a outros, como radioterapia e/ou cirurgia.
- Como é feito o tratamento?
- Com base em uma prescrição médica, o tratamento é preparado por um farmacêutico e administrado por enfermeiros especializados, podendo ser feito das seguintes maneiras:
– Via oral (pela boca): o paciente ingere pela boca o medicamento na forma de comprimidos, cápsulas e líquidos. Pode ser feito em casa.
- – Intravenosa (pela veia): a medicação é aplicada, diretamente, na veia ou por meio de cateter (um tubo fino colocado na veia), na forma de injeções ou dentro do soro.
- – Intramuscular (pelo músculo): a medicação é aplicada por meio de injeções no músculo.
- – Subcutânea (pela pele): a medicação é aplicada por injeções, por baixo da pele.
-Intracranial (pela espinha dorsal): menos frequente, podendo ser aplicada no líquor (líquido da espinha), pelo próprio médico. – Tópico (sobre a pele ou mucosa): o medicamento (líquido ou pomada) é aplicado na região afetada. Quanto tempo demora todo o tratamento? A duração do tratamento é planejada de acordo com o tipo de tumor e varia em cada caso.
- As sessões de quimioterapia podem durar poucos mitos ou perdurar ao longo de dias.
- Neste último caso o paciente vai para casa e recebe a quimioterapia através de cápsulas/ comprimidos ou vai com um dispositivo que permite a administração da droga aos poucos na veia (bomba infusora portátil).
- Como é feita uma aplicação de quimioterapia? Geralmente a quimioterapia é feita através da administração de um soro na veia, enquanto o paciente permanece sentado em uma poltrona apropriada.
Na maioria dos casos não há a necessidade de internação e o paciente pode ir para casa após poucas horas. Enquanto recebe o tratamento o paciente pode conversar com seu acompanhante, ler, ver televisão ou utilizar dispositivos eletrônicos. Se tiver fome ou sede, também pode se alimentar.
- A depender do tipo de quimioterapia, o tratamento pode ser administrado em um único dia a cada ciclo, ou ser dividido em doses menores ao longo de mais de um dia.
- Alguns regimes de quimioterapia são administrados com intervalos de 21 dias, 15 dias ou 1 semana.
- Existem ainda aqueles que são administrados a cada 28 dias.
Antes de cada ciclo o paciente deve ser examinado pelo médico que avaliará a tolerância ao tratamento, bem como sua eficácia. A quimioterapia não causa dor. O paciente deve sentir apenas a “picada” da agulha na pele. Algumas vezes, certos remédios podem causar uma sensação de desconforto, queimação na veia ou placas avermelhadas na pele, como urticária.
- O médico deve ser, imediatamente, avisado de qualquer reação.
- É necessário mudar a rotina diária durante o tratamento? Não.
- O paciente pode manter as atividades de trabalho normais, devendo comunicar ao médico qualquer reação do tratamento.
- Sono: é importante dormir bem e repousar, principalmente após receber a aplicação.
Isso porque, um corpo descansado responde melhor ao tratamento e ajuda a reduzir os efeitos desagradáveis que ele pode causar. – Outros medicamentos: o paciente deve informar ao médico se possui outro problema de saúde e se toma outros remédios. – Bebidas alcoólicas: são permitidas, desde que ingeridas em pequenas quantidades.
- É proibido tomar bebidas alcoólicas poucos dias antes ou poucos dias após receber a aplicação da quimioterapia; também não deve consumir bebidas alcoólicas o paciente que estiver tomando antibióticos, tranquilizantes ou remédios para dormir.
- Queda dos cabelos: caso ocorra, é importante saber que o cabelo voltará a crescer quando acabar o tratamento ou até mesmo antes.
Para contornar esse desconforto, podem ser usados bonés, perucas, lenços etc. – Menstruação: as mulheres que menstruam podem apresentar algumas alterações no ciclo menstrual, o fluxo de sangue do período pode aumentar, diminuir ou parar completamente.
Se isto acontecer, o médico responsável deve ser comunicado. No entanto, após o término do tratamento, o ciclo menstrual retornará ao normal. – Tratamento dentário: só deve ser feito mediante autorização do médico. – Atividades sexuais: a quimioterapia não interfere nem prejudica as relações sexuais, que podem ser mantidas normalmente.
Vale ressaltar que a gravidez deve ser evitada durante o tratamento. Por isso, homens e mulheres devem usar preservativo (camisinha) em todas as relações sexuais, e as mulheres também devem usar pílulas anticoncepcionais se o médico prescrever. Quais os efeitos colaterais da quimioterapia? Alguns efeitos indesejáveis podem ocorrer e geralmente estão relacionados com o efeito tóxico dos quimioterápicos sobre os tecidos normais.
- Justamente os órgãos e tecidos com maior proliferação são aqueles que sentem mais o tratamento.
- Por isso é comum que o cabelo caia, que as unhas fiquem mais fracas e quebradiças, que o paciente se sinta franco pela redução dos glóbulos vermelhos (anemia) e fique mais sujeito a infecções (queda dos glóbulos brancos, em especial os neutróficlos).
O paciente pode apresentar ainda diarréia e aftas na boca, pois as células das mucosas estão em constante proliferação e sentem os efeitos da quimioterapia. Saiba o que fazer em cada situação. – Fraqueza: o paciente deve evitar esforço excessivo e aumentar as horas de descanso.
- Para tanto, pode dividir com alguém as atividades caseiras e combinar um melhor horário de trabalho.
- Diarreia: o médico irá receitar medicamentos próprios para combater a diarreia, o que pode ser ajudado com a ingestão de líquidos e de alimentos como arroz, queijo, ovos cozidos, purês e banana, que ajudam a “segurar” o intestino.
O paciente deve se lavar com delicadeza após cada episódio de diarreia e consultar-se com o nutricionista. – Perda de peso: alimentos como gemadas, milk-shakes, queijo, massas e carnes, ajudam a aumentar seu peso, e devem ser ingeridos principalmente no intervalo entre uma aplicação e outra.
O paladar pode ficar alterado, por isso experimente os alimentos em busca daqueles que caem melhor. Dentre as comidas tidas como saudáveis, nenhuma está proibida. Coma aquilo que tiver vontade. – Aumento de peso: neste caso, o paciente deve reduzir a quantidade de alimentos, diminuir ou cortar o sal da alimentação e comer mais frutas.
O ideal é ser acompanhado por um nutricionista. – Feridas na boca: para minimizar esse efeito, deve-se manter a boca sempre limpa, e evitar usar escova de dente duras e prótese dentária mal ajustadas. O enxague deve ser feito com água filtrada e uma colher de chá de bicarbonato (bochechar, gargarejar e cuspir 3x/dia).
- É indicado comer alimentos pastosos, sopas ou sucos, alimentos gelados (sorvetes, refrigerantes, gelatina) ajudam a anestesiar a boca.
- Queda de cabelos e outros pelos do corpo: para contornar essa situação passageira, podem ser utilizadas perucas, lenços e demais acessórios para melhorar o visual.
- Enjoo: o paciente deve comer em pequenas quantidades e com mais frequência.
Balas à base de hortelã, água mineral gelada com limão, bebidas com gás e sorvetes ajudam a melhorar este tipo de desconforto.
- – Vômitos: evitar alimentos com muito tempero ou muito gordurosos (é bem aceita pipoca sem gordura) e bebidas alcoólicas; tomar os remédios para enjoo e vômito que forem receitados pelo médico; comer algo leve antes da aplicação e dormir após.
- – Tonturas: o paciente deve vir acompanhado para as sessões da quimioterapia e após a aplicação, deve descansar, evitando passeios.
- Existem cuidados especiais para o paciente em tratamento?
Ao fazer a barba, o paciente deve ter cuidado para não se cortar (se possível, usar barbeador elétrico). Nas mãos, evitar retirar cutículas e cuidado ao cortar as unhas. Caso sinta ressecamento da pele ou descamação, pode passar hidratante que não contenha álcool.
Não usar desodorantes que contenham álcool. Alguns medicamentos, quando administrados fora da veia, podem causar lesões do tipo queimaduras, que quando não tratadas, podem causar algumas complicações. Podem surgir dores, queimação, inchaço, vermelhidão no braço e outros sintomas, que podem ser sentidos durante a injeção ou algum tempo (até dias) depois.
Caso isso aconteça, a equipe médica deve ser avisada imediatamente.
- Em que situações o paciente em tratamento deve procurar o médico?
- O paciente deve procurar seu médico, imediatamente, em caso de:
- – Febre igual ou acima de 38°C;
- – Manchas ou placas avermelhadas no corpo;
- – Sensação de dor ou ardência ao urinar;
- – Dor em qualquer parte do corpo inexistente antes do tratamento;
- – Sangramentos que demoram a estancar;
- – Falta de ar ou dificuldade de respirar;
- – Diarreia por mais de dois dias ou de forte intensidade.
- – Feridas na boca/ aftas que o impeça de comer.
- A cada volta, o enfermeiro ou médico devem ser informados sobre tudo o que o paciente sentiu depois que recebeu a Quimioterapia.
- Fonte:
: Como funciona o tratamento de quimioterapia? – Centro de Oncologia – CEON+
O que não fazer depois da quimioterapia?
O manual do paciente em quimioterapia foi elaborado com o objetivo de orientar os pacientes e familiares e/ou acompanhantes sobre conhecimentos básicos da doença, diagnóstico e tratamento. Alerta sobre os sinais de alarme, como febre, e sobre as possíveis reações adversas ao tratamento e o que fazer para prevení-las ou minimizá-las.
Orienta também sobre os cuidados de higiene, alimentação e comportamento durante o tratamento, assim como os direitos e benefícios sociais em função do diagnóstico. É importante lembrá-los que este manual deverá complementar as orientações dadas pela equipe médica e de enfermagem, com as quais qualquer dúvida adicional deverá ser esclarecida.
Dra. Leila Pessoa de Melo O corpo humano é formado por tecidos e os tecidos são formados por células. As células são as menores unidades que constituem o nosso corpo, elas crescem e morrem de maneira ordenada e regular. O sangue é responsável pela irrigação e oxigenação dos tecidos, defesa do organismo e pela coagulação.
Quando há problemas na fabricação do sangue, o paciente pode apresentar cansaço, indisposição, dores musculares e dor de cabeça, falta de ar, infecções ou sangramentos. O sangue é produzido na MO, localizada dentro dos ossos (“tutano”). Quando ocorre infiltração da medula óssea por células estranhas (tumorais), a MO não funciona adequadamente e o paciente pode apresentar anemia, queda da imunidade e sangramentos.
As células sadias que formam os tecidos são como tijolos na construção de uma casa. Porém, elas podem ficar doentes, crescendo de forma desordenada, como se fôssemos construir uma casa com tijolos com formas e tamanhos diferentes. Nestes casos, há formação do câncer, também chamado de neoplasia.
- Esse crescimento desordenado de células pode comprometer outros órgãos e tecidos próximos ou afastados do local originalmente doente, é o que chamamos de metástase.
- A) Leucemias As leucemias caracterizam-se por uma proliferação descontrolada de um determinado grupo de células na medula óssea e eventualmente no sangue e em outros órgãos.
Podem ser classificadas em linfoide ou mieloide, de acordo com o tipo de célula comprometida, em aguda (células imaturas, jovens) ou crônica (células mais maduras). Somente através de exames específicos (mielograma, biópsia de medula óssea, medula óssea, imunofenotipagem, cariótipo), e que o hematologista poderá dizer qual é o tipo de leucemia e o tratamento.
O tratamento pode ser desde observação, tratamento com quimioterapia oral até tratamentos mais intensivos com necessidade de internação, este último, nos casos das leucemias agudas. Algumas vezes, pode ser necessário, um transplante de medula óssea, posteriormente. b) Linfomas Os linfomas são tumores do sistema linfático.
Desta forma, sua principal manifestação clínica é o desenvolvimento de massas tumorais ou adenomegalias, conhecidas como “ínguas” em regiões do corpo como: pescoço, axila, virilha, baço, fígado, estômago, amígdalas ou medula óssea. Dividem-se basicamente em Linfoma de Hodgkin e Linfomas não-Hodgkin.
- Há uma grande heterogeneidade neste grupo de doenças, de forma que o tipo específico de linfoma só poderá ser definido por meio de biópsia da massa ou do gânglio acometido.
- Devido à grande variedade de subtipos de linfomas, há diversos protocolos de tratamento, que serão explicados caso a caso pelo hematologista ao paciente.
c) Mieloma múltiplo Mieloma múltiplo é uma doença específica dos plasmócitos, células encontradas na medula óssea. No decorrer da doença, pode haver lesões ósseas (líticas), fraturas aos mínimos traumas e dor óssea. Podem ocorrer ainda anemia, infecções e sangramentos, quando a doença passa a prejudicar o funcionamento adequado da medula óssea.
- É comum a produção de uma substância chamada proteína monoclonal pelas células doentes, a qual muitas vezes provoca danos aos rins, podendo levar à necessidade de sessões de hemodiálise, em casos mais graves.
- O tratamento envolve basicamente associações de quimioterapia com outras medicações (talidomida e corticoide) e na maioria dos casos, pode haver necessidade de um transplante autólogo de medula óssea.
São exames coletados por meio de uma punção em uma veia do braço. Geralmente, é necessário jejum de 8 a 12 horas. Existem vários tipos de exames de urina (urina 1, cultura de urina e urina de 24 horas). É importante se informar com o laboratório de análises clínicas como estes exames deverão ser colhidos.
- Neste exame, é retirada uma parte do tecido acometido (massa, tumor ou gânglio) suspeito de câncer, para confirmar o diagnóstico e o tipo do tumor.
- É, quase sempre, um procedimento cirúrgico.
- Pode haver a necessidade de realização de uma biópsia de medula óssea para verificar se há doença neste órgão.
Esta biópsia é realizada com anestesia local, no próprio ambulatório do Serviço de Hematologia. O paciente pode sentir dor e desconforto na hora da biópsia, porém, geralmente, há melhora após o final do procedimento. Este exame é realizado por meio de uma punção no osso esterno (peito) ou do quadril.
- É realizado com anestesia local, no ambulatório do Serviço de Hematologia.
- Ele avalia como está o funcionamento da medula óssea e se há indícios de doença neste órgão.
- São exames realizados para avaliar se a doença está localizada ou disseminada, tais como: tomografias, PET-CT ou PET Scan, ressonância nuclear magnética, raio-X, ultrassonografia.
Estes exames são importantes para programar e também avaliar a resposta ao tratamento. O ecocardiograma é geralmente solicitado e serve para avaliar a função do coração. Tratam-se de endoscopia digestiva alta e colonoscopia. São exames que podem ser necessários, se houver suspeita de acometimento do estômago ou intestino.
Geralmente, o tratamento dos tumores hematológicos (linfomas, mieloma e leucemias) não é cirúrgico. A cirurgia é realizada, na maioria das vezes, para retirar um fragmento do tumor para confirmar o diagnóstico (biópsia) ou em casos de urgência (por exemplo, para descompressão da coluna devido à massa tumoral).
O tratamento dos cânceres hematológicos, em geral, é realizado com quimioterapia associada ou não à radioterapia. É um tipo de tratamento que utiliza medicamentos para combater o câncer. Estes medicamentos podem ser administrados de várias formas, tais como: via oral por meio de comprimidos, injeções intramusculares, injeções subcutâneas, infusões intravenosas, além de injeções intratecais (coluna).
- Frequentemente, dois ou mais medicamentos são utilizados em combinação.
- Esses medicamentos não conseguem diferenciar as células doentes das células saudáveis.
- Por este motivo, pode haver diferentes efeitos colaterais destas medicações tais como: queda de cabelo, feridas na boca, diarreia e queda da imunidade.
Após a avaliação do paciente, o médico fará o planejamento do tratamento: tipo de quimioterapia que o paciente irá receber, duração do tratamento, necessidade de radioterapia. O tratamento será administrado por profissionais capacitados da equipe de enfermagem e pode ser feito das seguintes maneiras: Ambulatorial – o cliente vem de sua residência para receber o tratamento no Serviço de Hematologia; Internado – o cliente é hospitalizado durante todo o período do tratamento.
O tratamento pode ser realizado das seguintes formas: Via oral (pela boca) : são medicamentos em forma de comprimidos, cápsulas ou líquidos que você pode tomar em casa. Intravenosa (pela veia) : a medicação é aplicada na veia ou por meio de cateter (que é um tubo fino colocado na veia), na forma de injeções ou dentro do soro.
Intravenosa – Cateter (Port-A-Cath®) : a medicação é aplicada diretamente no cateter através de uma agulha apropriada denominada agulha Hubber, na forma de injeções ou dentro do soro. Intramuscular (pelo músculo) : a medicação é aplicada por meio de injeções no músculo.
- Subcutânea (abaixo da pele) : a medicação é aplicada por meio de injeção no tecido gorduroso acima do músculo.
- Intratecal (pela espinha dorsal) : é pouco comum, sendo aplicada no líquor (líquido da espinha), administrada pelo médico, em uma sala própria ou no centro cirúrgico.
- Tópico (sobre a pele) : o medicamento, que pode ser líquido ou pomada, é aplicado na pele.
Consiste na aplicação de radiação na área do tumor. A radiação destrói as células do câncer. Em geral, são realizadas sessões diárias com duração de poucos minutos, exceto finais de semana e feriados. Antes de realizar a radioterapia, o paciente é avaliado por um médico radioterapeuta e ele fará o planejamento do tratamento radioterápico.
- A quimioterapia pode provocar alguns efeitos colaterais, que dependem do tipo de medicamento utilizado e da fase do tratamento.
- Os mais comuns são: feridas na boca (mucosite), náusea, vômitos, queda da imunidade facilitando o aparecimento de infecções, cansaço devido anemia e sangramentos devido à diminuição do número de plaquetas.
Devido à queda da imunidade, você fica mais predisposto a infecções. A febre é um sinal de alerta para a presença de infecção. Febre é a temperatura maior ou igual a 37,8°C, o que requer a sua ida imediata ao Pronto Socorro para iniciar medicação adequada.
Repouse ao máximo; Não faça esforço além da sua capacidade;
Caso os sintomas persistam ou apareça falta de ar, procure seu médico imediatamente. Diante de sangramentos (na gengiva, na pele, pelo nariz, pela vagina ou pelo ânus) ou diante de manchas roxas na pele, pequenas ou grandes, você deve logo procurar o Pronto Socorro porque isso pode significar que as plaquetas estejam baixas e que uma transfusão de plaquetas pode ser necessária.
- É um dos efeitos mais indesejados, mas não são todos os quimioterápicos que causam este problema.
- Caso aconteça, saiba que é sempre passageiro.
- Todos os pelos do corpo podem cair, inclusive os pubianos, os cílios e as sobrancelhas.
- Alguns pacientes podem ter queda parcial e outros, total, dependendo da sensibilidade ao quimioterápico.
Normalmente, a queda começa poucas semanas após o início da quimioterapia, mas é reversível. Um novo cabelo começa a nascer mesmo durante o tratamento.
Use xampus e cremes suaves, de preferência os infantis; Não utilize produtos químicos fortes (tinturas, alisamentos etc); Penteie os cabelos delicadamente; Considere cortar os cabelos. Alguns pacientes preferem cortar os cabelos antes de iniciar a quimioterapia, como uma forma de preparação para o processo da queda; Caso você goste, use chapéus, bonés, perucas e lenços; Utilize óleos e hidratantes (mineral, amêndoa, lanolina, de girassol) no couro cabeludo, caso se torne ressecado; Utilize proteção ou filtro solar no couro cabeludo, pois ele, sem cabelo, é mais sensível ao sol.
A quimioterapia pode causar inflamação ou mesmo úlceras (aftas) na boca, chamada mucosite. Neste caso:
Siga as orientações de higiene oral; Faça bochechos com água bicarbonatada (não engolir); Faça bochechos com chá de camomila na temperatura ambiente ou gelado (pode engolir); Não utilize antissépticos que contenham álcool, pois pode piorar a mucosite; Utilize escovas de espuma ou gaze ou algodão úmidos, caso a utilização da escova de dentes seja dolorosa; Utilize as soluções para bochecho e os analgésicos prescritos; Sempre que possível, antes de iniciar um tratamento com quimioterapia, consulte um dentista; Evite alimentos ácidos, condimentados e picantes; Não consuma bebidas alcoólicas, pois podem interferir com a quimioterapia.
Os medicamentos utilizados para melhorar estes sintomas são Plasil® (metoclopramida), Dramin® (dimenidrinato) ou Vonau® (ondansentrona). Geralmente são prescritos com 6 a 8 horas de intervalo entre as tomadas; Outros cuidados:
Realize higiene oral após os episódios de vômito, para dar conforto e evitar alterações na cavidade oral; Informe ao seu médico caso o medicamento para vômito não esteja sendo eficaz; Informe ao seu médico ou enfermeiro sobre o aspecto, a frequência e a quantidade dos vômitos; Não fique muito tempo sem se alimentar; Faça pequenas refeições frequentes, a cada 2 a 3 horas; Beba líquidos várias vezes ao dia, em pequenas quantidades, para evitar a desidratação; Não se alimente no intervalo de 1 hora antes ou depois da quimioterapia; O medicamento prescrito para vômito deve ser tomado pelo menos meia hora antes do quimioterápico; Se o vômito ocorrer em até meia hora após a tomada do medicamento quimioterápico, você deverá aguardar alguns minutos para repetir a dose do remédio.
Consiste na liberação de fezes líquidas ou pastosas pelo intestino, três ou mais vezes ao dia, acompanhada ou não de cólicas abdominais. No caso de diarreia, siga o recomendado:
Realize higiene íntima após cada evacuação com água corrente e sabão ou algodão úmido; Não use papel higiênico para a limpeza local; Relate à equipe de saúde caso apareçam feridas, fissuras ou assaduras na região do ânus; Beba bastante líquido para evitar a desidratação; Informe ao médico ou ao enfermeiro sobre o aspecto, a quantidade e a frequência das evacuações; Vigie a temperatura corporal, pois poderá aparecer febre; Evite alimentos gordurosos, frituras e alimentos que contenham leite e derivados (sorvetes, queijos, iogurtes, chocolates), pois podem piorar a diarreia.
As medidas neste caso são:
Beba bastante líquido; Mantenha uma dieta rica em fibras (aveia, cereais); Se não houver melhora, pode-se fazer uso de laxativos, sob orientação médica; Se ainda não houver melhora, contate o seu médico; Não utilize supositórios e “lavagens” sem o conhecimento do seu médico.
Dependendo do tipo de medicamento, você pode apresentar alterações na pele, como vermelhidão, coceira, descamação, ressecamento e manchas. As unhas também podem apresentar escurecimento e rachaduras. Alguns cuidados:
Mantenha a pele limpa e as unhas aparadas; Evite banhos demorados e muito quentes; Use hidratantes ou óleo de amêndoas; Evite se expor ao sol, pois o sol pode provocar manchas na pele nos pacientes em quimioterapia; Use sempre protetor solar antes de sair de casa (no mínimo, fator de proteção solar de 30).
Geralmente, as alterações desaparecem após o tratamento. A menstruação pode apresentar alterações; o fluxo menstrual pode aumentar, diminuir ou parar completamente. Após o término da quimioterapia, o ciclo menstrual geralmente retorna ao normal. Caso não aconteça, fale com seu médico.
Escove os dentes após as refeições e antes de dormir, com escova de cerdas macias e creme dental infantil; Use o fio dental com cuidado. Evite o uso do fio dental na fase em que as defesas estejam baixas; Escove a prótese dentária após as refeições e bocheche com água bicarbonatada (não engolir); Retire a prótese dentária em caso de desconforto e na hora de dormir; Mantenha os lábios lubrificados com manteiga de cacau.
Tome banho diariamente com sabão neutro, evite banhos quentes e demorados; Mantenha os cabelos e o couro cabeludo limpos; Mantenha as unhas aparadas e limpas; Não retire cutículas e evite cortar os “cantinhos” das unhas – dê preferência à lixa; Lave as mãos antes das refeições, após usar o banheiro ou manusear dinheiro, revistas e jornais; Proteja o cateter ou o curativo na hora do banho (não molhe o cateter ou o curativo); Mantenha a casa limpa e arejada; Mantenha as roupas de uso pessoal e as de cama, mesa e banho sempre limpas e passadas; Evite o uso de produtos de higiene com cheiro forte.
Dê preferência à higiene com água corrente e sabão neutro após urinar e evacuar ou utilize chumaço de algodão úmido em casos de diarreia, hemorroidas, sensibilidade local ou qualquer outra lesão; Se utilizar papel higiênico, prefira os brancos, macios e sem perfume; Dê descarga com a tampa do vaso sanitário abaixada, pois os medicamentos são eliminados do organismo pelas fezes e urina, sem contar que isso também é uma forma de prevenção de infecções.
Não ande descalço; Não esprema cravos, espinhas e “furúnculos”; Evite contato com animais e suas fezes e urina; Evite mexer com terra e plantas; Não tome sol no horário entre as 10 e 15 horas; Utilize filtro solar; Evite depilação; Evite usar lâminas de barbear. Caso não seja possível, utilize sempre lâminas novas; Hidrate a pele diariamente; Evite aglomerações e locais de pouca ventilação; Certifique-se das condições de higiene e do preparo dos seus alimentos; Não use supositório e clister sem orientação médica; Evite contato com crianças que receberam vacinas com vírus vivos (como a vacina contra a paralisia infantil, a Sabin), pois eles poderão ser eliminados através das fezes durante 3 a 4 semanas.
Os cuidados com a higiene na preparação dos alimentos devem ser redobrados; Os alimentos devem estar frescos e preparados no mesmo dia para o consumo; Evite alimentos guardados na geladeira de um dia para o outro; Evite carnes mal passadas ou cruas para o consumo (exemplo: carpaccio, peixe cru); As frutas, legumes e verduras devem ser bem lavados e colocados de molho por 10 minutos em um recipiente contendo Hidrosteril®, 10 gotas para cada litro de água em que estejam imersos os alimentos. Após, utilize-os normalmente sem lavá-los novamente para não correr o risco de recontaminá-los; Ingerir líquidos não alcoólicos em abundância (água, sucos, Gatorade, água de coco e chás) distribuídos em várias tomadas, de preferência longe das refeições e somando um total diário de dois a três litros/dia; Antes da quimioterapia, alimente-se com alimentos leves e de fácil digestão; Evite ficar muitas horas em jejum, alimente-se com pequenas porções 5 a 6 vezes por dia.
Caso sejam percebidas alterações na região de implantação, como: vermelhidão, aumento da temperatura no local, saída de algum líquido, dor, inchaço ou tenha febre (temperatura maior ou igual a 37,8°C), comunicar imediatamente ao médico ou à enfermeira do Serviço de Hematologia de São José dos Campos.
O fato de estar com o “port” não altera as atividades diárias. Após a cicatrização do local da inserção, pode-se dormir do lado em que está implantado o “port”. Quando estiver recebendo quimioterapia ou qualquer outro medicamento, comunicar imediatamente à enfermagem qualquer alteração como dor, queimação local, sensação que o curativo está molhado ou mal estar.
Se você faz quimioterapia em dias seguidos, poderá ser necessário permanecer com a agulha no cateter até o término do ciclo. Neste caso, a enfermeira fará um curativo oclusivo, onde a agulha ficará totalmente coberta, e será necessário redobrar os cuidados com o cateter.
No banho, deve-se evitar molhar o curativo e, à noite, evitar deitar sobre o lado do cateter. A infusão da quimioterapia fora da veia é chamada de extravasamento e pode causar feridas no local. A injeção de medicamentos na veia deve ser SEMPRE sem dor. Caso você sinta algo diferente, mesmo que seja apenas um inchaço no local da aplicação, peça para suspender imediatamente a infusão.
O extravasamento pode ser perigoso. Para prevení-lo:
Evite movimentos bruscos e desnecessários durante a infusão da quimioterapia; Comunique à equipe de enfermagem que estiver cuidando de você sobre qualquer sensação estranha (dor, inchaço, vermelhidão, formigamento, queimação). Estes sintomas podem aparecer durante ou algum tempo depois da infusão.
Tente manter as suas atividades normalmente, mas respeite seus limites. No colégio, procure informar sobre seu tratamento para que você possa continuar seus estudos normalmente. Procure um amigo que possa repassar as atividades de classe. Evite aglomerações e contato com pessoas resfriadas/gripadas.
Se você já pratica esportes ou deseja iniciar atividades físicas, não há contraindicação à prática de exercícios durante o tratamento. É possível que você se sinta menos disposto e um pouco mais cansado, sendo necessário sempre ficar atento para não ultrapassar seu limite de esforço. Algumas atividades deverão ser realizadas somente com o consentimento do seu médico.
Evite atividades físicas que possam provocar traumatismos (futebol, voleibol, basquete, lutas marciais, etc.). As relações sexuais devem ser evitadas durante o período de baixa imunidade. Entretanto, você poderá retornar às atividades sexuais quando a imunidade estiver recuperada.
É importante que, sendo paciente homem ou mulher, seja utilizado preservativo (camisinha) durante o tratamento quimioterápico ou radioterápico. AS MULHERES EM IDADE FÉRTIL NÃO PODEM ENGRAVIDAR DURANTE O TRATAMENTO, POIS O BEBÊ PODE NASCER COM PROBLEMAS SÉRIOS DEVIDO À QUIMIOTERAPIA. VOCÊ DEVERÁ USAR SEMPRE MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS (PÍLULAS E PRESERVATIVOS – CAMISINHA).
Não use qualquer bebida alcoólica no período da quimioterapia e durante a aplasia da medula. Muitos medicamentos, mesmo os homeopáticos e os “chás naturais”, podem interferir no tratamento quimioterápico ou aumentar os efeitos colaterais. Por isso, nesta fase de tratamento, você deve usar somente aqueles prescritos pelo seu médico.
Se for preciso o uso de outro tratamento, discuta com o médico e o farmacêutico sobre os efeitos e os riscos de associar tais medicamentos. Não. Você deve tomar medidas contraceptivas como, por exemplo, o uso de pílulas anticoncepcionais e preservativos (“camisinha” masculina ou feminina). Se você pretende engravidar após o término do tratamento, converse antes com seu médico.
Sim, deve haver acompanhamento odontológico durante todo o período de tratamento. Idealmente os procedimentos dentários devem ser realizados antes de iniciar o tratamento quimioterápico. O dentista deve estar bem familiarizado com as doenças do sangue.
Deve-se evitar procedimentos dentários na fase de baixa imunidade. Se for um caso de urgência, peça orientação ao seu médico. A saúde da boca é de extrema importância para uma melhor evolução do tratamento quimioterápico, principalmente no que se refere às mucosites e às infecções. É importante lembrar que a higiene bucal com fio dental, escova macia e creme dental deve ser realizada cuidadosamente, depois de todas as refeições, com o objetivo de prevenir tanto a cárie como a inflamação gengival.
Após a alta hospitalar, você receberá: a receita com os medicamentos para usar em casa; as orientações para os sinais de alarme, ou seja, aquelas alterações que, se surgirem, você deve procurar o médico imediatamente; a data do retorno ao hospital ou ao Serviço de Hematologia, e as solicitações dos exames que serão colhidos no dia da consulta de retorno.
- Mesmo após a alta definitiva do tratamento, será necessário seu retorno periódico ao Serviço de Hematologia para consultas e exames de acompanhamento.
- Caso possua cateter totalmente implantado (Port-A-Cath®), você deverá comparecer ao Serviço de Hematologia a cada 30 dias para o procedimento de limpeza do cateter.
No caso do tratamento em casa, com o uso de comprimidos quimioterápicos, você deve observar com cuidado a duração do tratamento e o horário certo da tomada dos comprimidos. Lembre-se que alguns medicamentos sofrem interferências com a alimentação, converse com o seu médico sobre como devem ser tomados os comprimidos, se junto ou distante das refeições.
Sempre que utilizar o vaso sanitário, lembre-se de dar a descarga por três vezes, com a tampa fechada. Fazer isso até três dias depois do uso destes medicamentos;
O medicamento também pode ser eliminado pelo vômito. Caso necessite de alguma limpeza, é importante que a pessoa a realizá-la use luvas. A limpeza deve ser feita de fora para dentro, utilizando um papel absorvente, que deve ser jogado no lixo em dois sacos plásticos bem fechados. Utilize água sanitária para finalizar a limpeza;
Lave bem as mãos, com água e sabão, após o manuseio do medicamento e evite que outras pessoas toquem nele;
Guarde sempre os medicamentos longe do alcance de crianças, em locais secos e arejados, e fique atento para aqueles que devem ficar na geladeira;
Só utilize comprimido partido em caso de orientação médica;
Você sempre terá a quantidade certa de medicamentos para o tratamento de cada mês, mas pode ocorrer de sobrar medicamentos ou de eles serem suspensos. Nestes casos, você deverá devolvê-los à farmácia, pois os quimioterápicos não podem ser jogados em lixo comum;
No caso de crianças e bebês, as mães devem evitar tocar diretamente nas fraldas sujas;
No caso de se esquecer de tomar o medicamento quimioterápico no horário, você deverá tomá-lo no mesmo dia, assim que se lembrar. Se já tiver se passado um dia, não tome uma dose dupla e sim a dose do dia, lembrando que o seu tratamento se prolongará por mais um dia.
As embalagens dos comprimidos deverão ser devolvidas ao Serviço de Hematologia de São José dos Campos para descarte apropriado, pois as mesmas não podem ser jogadas em lixo comum.
Sim. Você tem direito a benefícios como:
Saque integral do PIS e FGTS, pelo paciente ou por seu representante legal; Licença para tratamento de saúde, “auxílio doença” para os pacientes que possuam vínculo com o INSS; Aposentadoria por invalidez; Benefício da Prestação Continuada – LOAS; Isenção do Imposto de Renda para os aposentados; Andamento judiciário prioritário; Fornecimento de remédios pelo SUS; Gratuidade no transporte intermunicipal proporcionado pelas Prefeituras, “Tratamento Fora do Domicílio” ou “Vale Social”; Encaminhamento para Casa de Apoio.
De acordo com o tipo de tratamento, poderão ser necessários hemogramas de controle até mesmo a cada 48 horas, para avaliação dos níveis de plaquetas, leucócitos e hemácias; você será instruído pela equipe. LEMBRAMOS a você que, nestes casos, deverá comparecer ao nosso serviço de segunda a sexta-feira, no período da manhã.
Quantos dias passa mal depois da quimioterapia?
Publicado em: 28/02/2013 – 21:02:00 O paciente diagnosticado com câncer pode, em algum momento, ser submetido à quimioterapia e, embora não tenha a real dimensão do tratamento, já chega ao consultório médico ciente de que a abordagem é acompanhada de algumas consequências, como queda de cabelo, infecções, febre e vômito.
Esses efeitos colaterais da quimioterapia são resultado das medicações, que interferem diretamente na capacidade de multiplicação das células, normais ou tumorais, e variam de acordo com o tipo e a dosagem dos medicamentos. Em cada pessoa, as reações podem ser diferentes, variando em frequência e intensidade.
Alguns sintomas duram pouco tempo após a aplicação da quimioterapia e outros podem durar todo o tratamento, persistindo, inclusive, após seu término. A boa notícia é que a maioria desses desconfortos cessa com o término das sessões e ainda existem certos cuidados que podem reduzi-los, tornando o tratamento o mais tolerável possível.
- A quimioterapia é um tratamento muito amplo e há uma centena de medicamentos e combinações que podem ser feitas.
- Muitas vezes, o efeito colateral que afeta uma pessoa não é o mesmo de outra.
- O tipo e a associação da medicação utilizada e a sensibilidade do paciente vão influenciar na reação do organismo ao tratamento”, explica Dra.
Solange Sanches, oncologista clínica do A.C.Camargo. Febre, náusea, vômito e diarreia A febre pode ocorrer durante o tratamento e requer uma investigação imediata, pois pode ser sinal de uma infecção, resultado da queda de resistência. Já náuseas, vômitos e diarreia podem ser controlados com medicamentos específicos, conforme orientação médica.
- Se algum desses efeitos for persistente e não estiver sendo controlado, o ideal é procurar o pronto-socorro do Hospital onde o tratamento está sendo feito”, diz a oncologista.
- Infecção A infecção é uma complicação do tratamento que pode ocorrer devido à redução das barreiras de proteção do corpo (integridade da pele e das mucosas, por exemplo) e dos glóbulos brancos.
Com menor número de leucócitos no sangue, o risco de invasão por agentes como vírus, bactérias, fungos e outros parasitas aumenta. A prevenção é a chave para combater essa possível complicação: cuide da pele e das unhas, evite locais fechados e aglomerados, evite contato com animais e pessoas que estejam com doenças contagiosas e conserve e prepare os alimentos de forma segura.
- Queda de cabelo A alopecia é característica de apenas alguns medicamentos, que agem nas células que estão se multiplicando e crescendo.
- A célula do folículo piloso, que dá origem à estrutura do cabelo, quando sofre a ação da quimioterapia, se desprega e cai.
- Isso ocorre geralmente cerca de duas a três semanas após o início da quimioterapia e é completamente reversível após o término do tratamento.
“A queda de cabelo pode ser bastante rápida e muito impactante do ponto de vista emocional. É importante que a pessoa já tenha preparado antecipadamente sua estratégia para o efeito colateral: peruca, lenço, chapéu, bonés e protetor solar para esta área sensível e antes não exposta ao sol”, alerta a oncologista.
Mucosite As lesões na cavidade oral podem variar de uma leve vermelhidão até feridas graves. Um dos sintomas mais comuns é sentir a mucosa mais fina e sensível. É importante manter uma higienização adequada, utilizando escova de dentes de cerdas macias, creme dental suave e enxaguantes bucais sem álcool, para diminuir a proporção de agentes patogênicos como fungos, vírus e bactérias, além de proteger mais a mucosa.
Toxicidade do sangue O sangue é composto pelos glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. Quando o tratamento atinge essas células, a queda de glóbulos brancos, por exemplo, baixa a resistência, aumentando o risco de infecções; a diminuição de glóbulos vermelhos leva à anemia e consequente cansaço; já com a queda das plaquetas, o risco maior é de sangramento.
- Infertilidade A infertilidade não acomete necessariamente todos os pacientes, pois depende muito da medicação e, na maioria das vezes, é reversível.
- Nos casos em que o risco é maior, existe a possibilidade de preservação de espermatozoides e óvulos.
- Para o homem jovem, ou que ainda quer ter filhos, a sugestão é a preservação do esperma.
Para a mulher, não há taxas que mostrem se determinada quimioterapia oferece mais riscos que outra, mas também é possível optar pela coleta e preservação dos óvulos. Esses procedimentos devem ser discutidos com o médico, caso a caso, avaliando o tempo demandado para a coleta e preservação dos espermatozoides ou óvulos, além da possibilidade de uma fertilização posterior ao tratamento.
- Segundo Dra.
- Solange, as mulheres em idade fértil e em quimioterapia devem discutir com o médico as opções possíveis dentro de seu caso, para evitar a gravidez durante o tratamento.
- Muitas vezes, a menstruação sofre alterações, mas isso não significa que não há ovulação.
- O médico deve avaliar cada caso para orientar a paciente sobre o método de prevenção mais adequado”, completa.
Inapetência O tratamento pode induzir à falta de apetite e pode causar perda de peso, consequência de uma nutrição inadequada. Ingerir líquidos vagarosamente e se alimentar várias vezes ao dia e em quantidades menores amenizam esse quadro. A orientação nutricional deve ser específica para cada caso e supervisionada por um nutricionista especializado, pois alinhar as necessidades às preferências nutricionais do paciente é muito importante nesse contexto.
A melhor conduta no tratamento é determinada pelo oncologista, que leva em consideração fatores como idade, sexo, peso, condição de saúde e histórico clínico, além das características próprias do tumor. No A.C.Camargo, uma equipe multidisciplinar, composta por oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, farmacêuticos, nutricionistas e enfermeiros, atua avaliando e acompanhando cada caso a fim de minimizar ao máximo o desconforto do tratamento.
Dra. Solange Moraes Sanches – CRM 66744 Departamento de Oncologia Clínica do A.C.Camargo A.C.Camargo recebe o Prêmio IBHE Hospitalidade Empresarial Silvia Voullieme, gerente de experiência do paciente, também foi premiada na categoria Profissionais Mais Hospitaleiros de 2019 O A.C.Camargo Cancer Center recebeu o Prêmio IBHE Hospitalidade Empresarial, concedido pelo Instituto Brasileiro de Hospitalidade Empresarial (IBHE).
Junto com a Instituição, outras quatro empresas que também receberam. Dia Mundial do Doador de Sangue: faça sua parte e salve vidas! Doação de sangue, uma atitude mais que essencial, que ajuda a salvar vidas. Saiba mais neste vídeo: Doação de sangue: agendamento online Com o objetivo de oferecer mais segurança e agilidade em nosso Banco de Sangue, é possível fazer o agendamento para a doação.
O que importa para você? Movimento internacional busca aprofundar o diálogo entre profissionais da saúde e pacientes Nove de junho é o dia da campanha mundial “O que importa para você?”, que estimula conversas importantes e significativas entre profissionais da saúde, pacientes e acompanhantes, criando um elo de compaixão e.
Quantas horas demora uma sessão de quimioterapia?
A quimioterapia é uma realidade para grande parte dos pacientes que foram diagnosticados com alguma neoplasia. Os medicamentos quimioterápicos se misturam com o sangue e são levados para todas as partes do corpo, com o objetivo de destruir as células cancerígenas.
- Esse tipo de tratamento pode ser realizado isoladamente ou combinado com a radioterapia e cirurgia, sempre levando em consideração o local e tipo do tumor e o estágio da doença.
- A responsável Técnica de Enfermagem da unidade IOP-Oncoville, Karin K.
- Dircksen Nóbrega, conta que existem alguns protocolos de quimioterapia que necessitam de preparo prévio, tomando certos medicamentos na véspera ou vitamina B 12, por exemplo.
“No dia da aplicação normalmente pedimos ao paciente que venha alimentado e que tome bastante líquido durante o processo. Também recomendamos que na primeira vez venha um acompanhante junto, pois serão repassadas muitas informações sobre como será o tratamento.” Antes de iniciar a quimioterapia, o paciente passa pelo acompanhamento psicológico, nutricional, enfermagem e da farmácia clínica.
- São repassadas orientações sobre todos os medicamentos que ele precisa tomar durante o período da quimioterapia e também para evitar certos efeitos colaterais, como náusea, vômito, diarreia, constipação e perda de apetite, por exemplo.
- Orientamos o paciente para que ele previna os efeitos, tomando os medicamentos antes das aplicações.
Outra informação importante é que se ele sentir algo diferente deve conversar com o médico que o atende ou procurar o médico plantonista”, aponta. O tempo de duração da sessão de quimioterapia depende do tipo de tumor e da quantidade de medicamentos que deverá ser aplicada, podendo durar de uma hora e meia até dez horas. Quando é uma infusão mais longa o paciente precisa ser internado. No entanto, independente do tempo de duração, a pessoa poderá contar com uma equipe altamente capacitada para realizar o procedimento com extrema qualidade.
Precisa internar para quimioterapia?
Geralmente a quimioterapia é feita através da administração de um soro na veia, enquanto o paciente permanece sentado em uma poltrona apropriada. Na maioria dos casos não há a necessidade de internação e o paciente pode ir para casa após poucas horas.
Como é o primeiro dia da quimioterapia?
A quimioterapia é uma realidade para grande parte dos pacientes que foram diagnosticados com alguma neoplasia. Os medicamentos quimioterápicos se misturam com o sangue e são levados para todas as partes do corpo, com o objetivo de destruir as células cancerígenas.
Esse tipo de tratamento pode ser realizado isoladamente ou combinado com a radioterapia e cirurgia, sempre levando em consideração o local e tipo do tumor e o estágio da doença. A responsável Técnica de Enfermagem da unidade IOP-Oncoville, Karin K. Dircksen Nóbrega, conta que existem alguns protocolos de quimioterapia que necessitam de preparo prévio, tomando certos medicamentos na véspera ou vitamina B 12, por exemplo.
“No dia da aplicação normalmente pedimos ao paciente que venha alimentado e que tome bastante líquido durante o processo. Também recomendamos que na primeira vez venha um acompanhante junto, pois serão repassadas muitas informações sobre como será o tratamento.” Antes de iniciar a quimioterapia, o paciente passa pelo acompanhamento psicológico, nutricional, enfermagem e da farmácia clínica.
- São repassadas orientações sobre todos os medicamentos que ele precisa tomar durante o período da quimioterapia e também para evitar certos efeitos colaterais, como náusea, vômito, diarreia, constipação e perda de apetite, por exemplo.
- Orientamos o paciente para que ele previna os efeitos, tomando os medicamentos antes das aplicações.
Outra informação importante é que se ele sentir algo diferente deve conversar com o médico que o atende ou procurar o médico plantonista”, aponta. O tempo de duração da sessão de quimioterapia depende do tipo de tumor e da quantidade de medicamentos que deverá ser aplicada, podendo durar de uma hora e meia até dez horas. Quando é uma infusão mais longa o paciente precisa ser internado. No entanto, independente do tempo de duração, a pessoa poderá contar com uma equipe altamente capacitada para realizar o procedimento com extrema qualidade.